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Polícias de Moçambique e Tanzânia cooperam contra terrorismo

EFE | Lusa | cvt
1 de julho de 2019

Comandante-geral da Polícia de Moçambique esteve na Tanzânia para avaliar ameaça terrorista na fronteira entre os dois países, após ataque que matou oito cidadãos daquele país e três moçambicanos.

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Ponte da Unidade - Grenze zwischen Mosambik und Tansania
Ponte da Unidade, na fronteira entre Moçamique e a TanzâniaFoto: DW/Estácio Valoi

Onze pessoas morreram em Moçambique em um ataque do grupo jihadista Al Shabab, que não tem relação com a organização terrorista homônima da Somália, confirmou o chefe da Polícia do país, Bernardino Rafael.

O ataque aconteceu na quarta-feira passada (26.06) no distrito de Palma, na província de Cabo Delgado, no norte do país, detalhou Rafael, que não costuma se pronunciar publicamente sobre as ações dos jihadistas, e foi citado hoje pelo jornal local "Verdade".

O comandante-geral da Polícia de Moçambique se reuniu neste domingo (30.06) com seu colega da Tanzânia, Simon Siro, na cidade tanzaniana de Mtwara, próxima a Cabo Delgado, para analisar a ameaça do grupo Al Shabab.

Praca dos Heróis, Palma in Cabo Delgado, Mosambik
Praça dos Heróis, no distrito de PamaFoto: privat

"Viemos para explicar aos tanzanianos os fatos do dia 26 de junho de 2019 em Ntole, onde onze pessoas, oito delas tanzanianas, morreram", detalhou Rafael.

Ntole é uma aldeia de camponeses e pescadores situada a pouco mais de dez quilômetros da fronteira com a Tanzânia, por isso que os sobreviventes do ataque foram socorridos no Hospital Regional de Mtwara, na Tanzânia.

Relatos de testemunhas

Um dos moçambicanos que sobreviveu ao ataque relatou aos jornalistas no hospital o terror que viveu.

"Essas pessoas apareceram e disseram que vieram fazer uma patrulha. Usavam uniformes militares de Moçambique," disse.

"Nos disseram para nos sentarmos, que o comandante queria falar connosco. Ficamos, se afastaram um pouco e começaram a atirar. O meu tio morreu lá mesmo. Eu fugi", acrescentou o sobrevivente, que não teve seu nome divulgado.

Al Shabab aterroriza, desde outubro de 2017, a população do norte de Moçambique, onde há grandes jazidas de gás natural e petróleo com concessões a multinacionais como a italiana ENI e a americana Anadarko.

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