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Presidente João Lourenço pede apoio a líder da UNITA

Lusa
30 de janeiro de 2020

João Lourenço pediu o apoio e experiência política do líder da UNITA no aconselhamento ao chefe de Estado angolano. Adalberto Costa Júnior exige que se avance com dossier das autarquias.

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Foto: DW/Cristiane Vieira Teixeira

O Presidente angolano lançou o desafio esta quinta-feira (30.01), na cerimónia de tomada de posse do líder do maior partido da oposição angolana como novo membro do Conselho da República, em substituição do antigo presidente da UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola), Isaías Samakuva.

João Lourenço frisou a composição bastante heterogénea do Conselho da República, acreditando que com a nomeação de Adalberto Costa Júnior "fica mais enriquecido".

"Na esperança que possa contribuir com os seus conhecimentos, com a sua experiência política nos conselhos a dar ao chefe de Estado", João Lourenço realçou a necessidade de "ser aconselhado sobre matérias de relevo, sobretudo de relevo político que a nação atravessa" e, por essa razão, confia neste "leque de conselheiros da República".

Angola Adalberto da Costa Junior Präsident der UNITA
Líder da UNITA, Adalberto Costa JúniorFoto: DW/B. Ndomba

Costa Júnior: "Responsabilidade acrescida"

Em declarações à comunicação social, o líder da UNITA disse que o cargo traz "uma responsabilidade acrescida, imbuída de um espírito de interesse nacional de grande responsabilidade".

"Pelo que vamos trazer o que temos de melhor, para podermos olhar para o país e podermos ser úteis no sentido de ajudarmos os inúmeros desafios que abraçamos no momento", referiu.

Segundo Adalberto Costa Júnior, o Conselho da República é um organismo importante e o Presidente da República "mostrou a esperança de esta presença poder acrescer mais-valias".

"Este é o nosso propósito e vamos fazê-lo sempre com a mesma frontalidade, respeito e espírito de podermos partilhar visões complementares de benefício nacional", frisou.

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Autárquicas

Adalberto Costa Júnior salientou que o país está a viver uma enorme crise económica, mas também de algum nível institucional, e a posição da UNITA é de que há necessidade de Angola abraçar reformas.

"É preciso coragem para que elas ocorram e nós gostaríamos também de podermos ser uma voz de entendimento desta necessidade que o país tem", afirmou.

Relativamente às primeiras eleições autárquicas previstas para este ano, o líder da segunda força política do país afirmou que o país não deve percorrer o ano que agora iniciou "na incerteza dos compromissos públicos".

"Há compromissos públicos que indicam efetivamente a realização de eleições autárquicas em 2020 e esperamos que, de facto, se confirme este compromisso nacional", salientou.

E Adalberto Costa Júnior vincou: "Estou cem por cento seguro de que, se tivéssemos referendo constitucional e fossemos auscultar os angolanos individualmente, ficaríamos perto dos cem por cento na opção da realização de autarquias em todos os municípios em simultâneo, não tenho nenhuma dúvida sobre esta questão e precisamos é de avançar".

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