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SociedadeÁfrica do Sul

África do Sul alivia restrições contra a Covid-19

Reuters | Lusa | mjp
1 de fevereiro de 2021

No dia em que o primeiro lote de um milhão de doses de uma vacina contra a Covid-19 chegou à África do Sul, Cyril Ramaphosa anunciou o alívio de algumas das restrições impostas para combater a pandemia.

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Südafrika Präsident Ramaphosa
Foto: picture-alliance/dpa/Xinhua/South Africa Presidency

O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, anunciou esta segunda-feira (01.02), numa comunicação à nação, que o país "ultrapassou o pico" da segunda vaga de Covid-19, permitindo aliviar as restrições nas vésperas da primeira fase de vacinação, marcada para este mês.

"A taxa média de novas infeções tem estado a diminuir de forma consistente nas últimas três semanas, indicando que ultrapassámos o pico da segunda vaga", afirmou.

A África do Sul vai continuar no nível 3 de alerta de combate à pandemia do novo coronavírus, mas algumas medidas vão ser aliviadas. Segundo Ramaphosa, as horas de recolher obrigatório vão ser encurtadas, passando agora o confinamento a ser entre as 23h00 e as 04h00, as reuniões religiosas passam a ser permitidas, seguindo os protocolos de segurança, com um limite de 50 pessoas em espaços fechados e 100 ao ar livre e praias e parques vão ser reabertos. Outra novidade: a venda de álcool volta a ser permitida, de segunda a quinta-feira. 

"As restrições à venda de álcool vão ser aliviadas. A venda de álcool em vendedores autorizados para consumo externo vão ser permitidas de segunda a quinta-feira, das 10h00 nàs 18h00", anunciou o Presidente também na rede social Twitter, entre as várias medidas da nova fase 3 "ajustada" de alerta.

Um milhão de vacinas já no país

Entretanto, o primeiro lote de um milhão de doses de uma vacina contra a Covid-19 produzida na Índia chegou esta segunda-feira a Joanesburgo. A chegada do avião Boeing 337-300 ER da Emirates que transportou a primeira remessa do fármaco, oriundo de Mumbai, no aeroporto internacional OR Tambo, em Joanesburgo, foi transmitida em direto pela televisão sul-africana.

O acontecimento marca o início do lançamento da vacina contra a Covid-19 no país, a que o Governo sul-africano teve acesso 11 meses depois da eclosão da pandemia, em março do ano passado.

A África do Sul contabiliza mais de 1,4 milhões de infeções do novo coronavírus e regista mais de 44 mil mortes, segundo as autoridades da saúde sul-africanas. 

O Presidente Ramaphosa descreveu o acontecimento como sendo "o maior e mais complexo empreendimento logístico de vacinação" na história da África do Sul, salientando que a "escala de entrega não tem precedentes em termos do número de pessoas que devem ser vacinadas num curto espaço de tempo".

O objetivo do programa de vacinação do Governo sul-africano é alcançar a imunidade no seio da população, estimada em cerca de 60 milhões de pessoas. A primeira fase deste programa de vacinação priorizará cerca de 1,2 milhões de profissionais de saúde, segundo a presidência sul-africana.

Um segundo lote de 500.000 doses do fármaco é aguardado no próximo mês, segundo o Governo. Mais tarde, numa declaração à nação, Cyril Ramaphosa anunciou que a Covax, a iniciativa de distribuição universal, vai fornecer 2 milhões de doses de uma vacina contra a Covid-19 ao país no próximo mês. "Assegurámos 12 milhões de doses, no total, da iniciativa Covax", adiantou o Presidente sul-africano.

O continente, disse ainda o chefe de Estado, já tem mil milhões de doses garantidas.

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