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Processo contra Rwabukombe custou mais de 100 mil euros, diz jornal alemão

Cristiane Vieira Teixeira21 de fevereiro de 2014

O julgamento do ruandês Onesphore Rwabukombe, em Frankfurt, a situação dos mineiros ilegais na África do Sul e a cooperação militar franco-alemã para o continente africano focados pela mídia alemã ao longo da semana.

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Foto: Fotolia

Esta semana, o julgamento do ruandês Onesphore Rwabukombe, de 59 anos, no tribunal de Frankfurt ganhou as páginas da mídia alemã. Ele respondia a acusações de cumplicidade em genocídio no massacre de mais de 450 tutsis ocorrido numa igreja em Kiziguro, no Ruanda, em 1994.

O Süddeutsche Zeitung destacou que o processo já foi julgado pelos judiciários do Ruanda e das Nações Unidas. “Agora, também o judiciário alemão proferiu um veredicto de culpado.”

Já a revista Focus obervou que este foi “o primeiro veredito de um tribunal alemão sobre um massacre durante o genocídio do Ruanda.”

Em Frankfurt, Onesphore Rwabukombe foi sentenciado a 14 anos de prisão. Ele era o prefeito da comunidade Hutu na época do massacre de Kiziguro e teria assistido à matança dos refugiados Tutsi.

A defesa anunciou que irá pedir revisão ao Tribunal Federal alemão. O Süddeutsche Zeitung divulgou também que o processo teria custado mais de 100 mil euros aos corfres públicos.

Mineração ilegal

Minen-Unglück in Südafrika
Serviços de resgate e emergência tentam resgatar os mineiros ilegais presos numa mina em Benoni, perto de Joanesburgo, na África do Sul (16.02.14)Foto: picture-alliance/dpa

Já o Berliner Zeitung escolheu o título “Mortal Corrida ao Ouro” para reportar sobre a situação dos mineiros ilegais nos arredores de Joanesburgo, na África do Sul - onde esta semana centenas de mineiros ficaram presos numa mina ilegal, alguns morreram e outros foram detidos pela política depois do resgate.

A matéria enfatiza o trabalho clandestino noturno dos Zama Zamas (termo zulu para “aqueles que sempre tentam”), que permanecem às vezes por semanas nas profundidades das minas. O trabalho é descrito pelo jornal como mais perigoso que valioso.

“Os Zama Zamas afirmam serem capazes de ganhar até dois mil euros numa noite feliz, mas na realidade recebem 20 euros por noite. Mesmo esse valor, supera o salário de um trabalhador não-qualificado na África do Sul,” revela o Berliner Zeitung, que afirma também as negociações do ouro extraído pelos Zama Zamas acontecem no mercado negro.

Ainda segundo o diário alemão, a mairoira dos mineiros ilegais vêm dos países vizinhos Zimbábue, Lesoto e Moçambique. O número de imigrantes ilegais na África do Sul é estimado em três milhões.

Presença franco-alemã mais forte em África

Merkel und Hollande in Paris
O Presidente da França, François Hollande, recebeu a chanceler alemã Angela Merkel e sua delegação de ministros em Paris (19.02.14)Foto: picture-alliance/dpa

O engajamento da brigada fraco-alemã no Mali foi notícia para o Berliner Zeitung e o Der Tagesspiegel, entre outros jornais alemães.

“Há muito tempo, os governos da França e da Alemanha já não se mostravam tão unidos como neste Conselho de Ministros,” escreveu o Der Tagesspiegel, referindo-se ao encontro bilateral, realizado em Paris, e salientando que ambos os governos confirmaram um maior compromisso militar na África.

Já o Berliner Zeitung informou que cerca de 250 soldados, sob a direção de um comandante francês, devem contribuir para a segurança da capital do Mali, Bamako, além de treinar soldados do país africano.

Também o Frankfurter Allgemeine Zeitung trouxe reportagens sobre a cooperação militar entre França e Alemanha.

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