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Quatro trabalhadores mortos em mina na África do Sul

AFP | Reuters | cvt
8 de dezembro de 2019

Os corpos de quatro mineiros da mina de Tau Lekoa, na África do Sul, foram resgatados este domingo (08.12). Os trabalhadores estavam presos na mina deste a sexta-feira (06.12).

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Südafrika | Goldmine Sibanye Gold's Masimthembe
Foto: Reuters/M. Hutchings

Além das quatro mortes, um outro trabalhador mineiro ficou gravemente ferido no incidente.

Rocha caíram na mina de ouro Tau Lekoa - na cidade de Orkney, na província de Noroeste na África do Sul - prendendo os cinco trabalhadores no subsolo, segundo informações divulgadas pela empresa e por um sindicato mineiro.

Segundo a plataforma sul-africana de notícias "News24", os mineiros ficaram presos a mais de 1.300 metros de profundidade. Mais de 100 pessoas estiveram envolvidas na tentativa de resgate, mas os esforços foram dificultados pelo volume de rochas que haviam caído e pela ameaça de colapsos adicionais.

O sindicato da categoria, a União Nacional dos Trabalhadores Mineiros (NUM, na sigla em inglês), criticou fortemente a empresa de mineração, ao declarar que "não havia rota de fuga na área de trabalho onde os quatro os mineiros foram encontrados mortos".

A divisão entre ricos e pobres na África do Sul

O sindicato também disse no comunicado que a equipe de protótipos da mina - um grupo de trabalhadores treinados para realizar resgates subterrâneos - não agiu com rapidez suficiente para salvar os quatro mineiros e "deliberadamente impediu que os líderes das equipas e os pilotos dos guinchos salvassem os quatro trabalhadores."

A NUM não apresentou provas, mas disse que tinha sido informada pelos membros que trabalham na mina e que estavam presentes durante o incidente.

A empresa de mineração Village Main Reef, disse que não iria comentar sobre os procedimentos de evacuação até que uma investigação seja concluída.

"Houve dois eventos sísmicos e, então, ocorreu a queda da rocha", acrescentou James Duncan, porta-voz da mina.

Já o porta-voz da NUM, Livhuwani Mammburu, disse que o colapso seguiu um "evento sísmico de magnitude 2.6".

"Traga-nos oxigénio"

De acordo com o presidente da União Nacional dos Trabalhadores de Minas (NUM), Joseph Montisetse, a última pessoa com quem falaram antes de perder o contato disse: "Estamos a sufocar, por favor, traga-nos algum oxigênio".

A mídia local informou que os mineiros tinham entre 32 e 47 anos de idade.

A África do Sul tem algumas das minas mais profundas do mundo e acidentes mortais acontecem com uma certa frequência.

De acordo com o departamento de recursos minerais da África do Sul, 81 pessoas morreram nas minas do país no ano passado.