1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Quinze países discutem em Maputo soluções energésticas

Romeu da Silva (Maputo)6 de maio de 2016

Durante a Cimeira de Energias e Infraestruturas da África Austral, 15 países da região procuraram soluções para garantir o fornecimento contínuo de energia aos seus habitantes.

https://p.dw.com/p/1IjMI
Barragem de Cahora Bassa em MoçambiqueFoto: DW/M. Barroso

Melhorar o fornecimento de energia elétrica só será possível com mais e melhores infraestruturas, defendem os 15 países da África Austral presentes na Cimeira de Energias e Infraestruras, em Maputo.

Marcelina Mataveia, diretora-adjunta de energia de Moçambique, defende que é necessário apostar na diversificação das fontes energéticas, para que o país possa ter eletricidade suficiente para o consumo interno e para exportação.

“Nós não vamos olhar somente para uma das fontes, mas temos que saber que diferentes fontes de energia se complementam, para trazer uma maior segurança energética ao país e não só. Moçambique também pode contribuir para o fornecimento de energia na região”, afirmou Marcelina Mataveia, à margem da conferência.

Para além da energia gerada pela Hidroelétrica de Cahora Bassa, na província de Tete, Moçambique explora gás e carvão. No entanto, ainda há alguns desafios para ultrapassar, como a identificação de soluções mais viáveis, que possam ajudar a alavancar a situação económica do país.

Ambiente favorável aos investimentos
A diretora-adjunta da energia acredita que é preciso criar um ambiente favorável aos investimentos. “Nós pretendemos criar um ambiente favorável de negócios, para que possamos dar à nossa população maior acesso à energia, fiável e de qualidade”, afirma Marcelina Mataveia. “Deparamo-nos com grandes desafios, como a produção, o transporte e o fornecimento de energia de melhor qualidade”.

Stromleitung Mosambik
Transporte de energia elétrica na província moçambicana de ManicaFoto: DW/J.Beck

“Ter o gás como uma das fontes de energia teria um valor adicional para a produção energética e para o consumo direto de gás em Moçambique”, afirma Sérgio Nhancule, da empresa de energia Motraco, acrescentado que Moçambique tem “um défice muito grande de energia para o consumo doméstico e para a indústria”.

O setor privado moçambicano vê o gás natural como uma alternativa energética para o país, dada a sua abundância.

Melhorar o fornecimento de energia é uma prioridade no Zimbabué

O Zimbabué, maior consumidor da energia de Moçambique, criou uma estratégia interna de fornecimento de energia a todas as zonas rurais, incluindo as instituições públicas, de acordo com Samuel Undengue, ministro da Energia.

“Criámos uma Agência de Eletrificação Rural para fornecer energia a todas as zonas rurais, que estavam excluídas do processo de electrificação. Mas a prioridade vai para os hospitais e escolas e outras instituições do Estado”, afirmou.

A Cimeira de Energias e Infraestruturas da África Austral teve lugar entre os dias 4 e 6 de maio, em Maputo, Moçambique. Contou com a participação de Moçambique, Angola, Namíbia, Botswana, Lesoto, Zimbabué, África do Sul e Madagáscar, Maurícias, Zâmbia e Malaui.

[No title]