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RENAMO quer mais mulheres na liderança das autarquias

7 de julho de 2018

A Resistência Nacional Moçambicana quer apostar na integração de mulheres nos cargos de direção nas eleições autárquicas previstas para outubro. O objetivo é “mostrar a sua capacidade de liderança”.

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Foto: DW/M. Mueia

A indigitação de mulheres como cabeças-de-lista para as eleições autárquicas será, numa primeira fase, uma forma de dar poder e visibilidade ao sexo feminino, mas também de reconhecer o seu mérito dentro do partido. Quem o diz é a presidente da Liga Feminina da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), Maria Inês Martins, durante a marcha anual daquele organismo pelas artérias de Quelimane, a capital provincial da Zambézia.

No entanto, Maria Inês Martins não pronuncia nomes, nem avança para já o número de candidatas mulheres que encabeçarão as listas do partido.

Maria Inês Martins, presidente da Liga Feminina da Resistência Nacional MoçambicanaFoto: DW/M. Mueia

A caminhada, realizada na quinta-feira (05.07), pretendeu assinalar os 38 anos da Liga Feminina do principal partido da oposição em Moçambique. "Esta marcha representa um avanço para a mulher da RENAMO. Hoje é o Dia do Destacamento Feminino da RENAMO, assim como é o dia da Liga Feminina. Em suma, é o dia de todas as mulheres que simpatizam com a RENAMO", disse Maria Inês Martins.

"Também estamos aqui para imortalizar o nosso presidente Dhlakama", recordou a responsável sobre o líder que sucumbiu em maio deste ano. "Como sabem, esta é a primeira vez que realizamos esta marcha sem a sua presença”, acrescenta.

"Quando Dhlakama morreu, pensava-se que a RENAMO iria acabar. Queremos aqui dizer que não, a RENAMO não acabou. Estamos aqui para dizermos que levaremos avante os ensinamentos do presidente Dhlakama e todos os projetos que ele desenhou desde a juventude até à sua morte", frisou a presidente nacional da Liga Feminina da RENAMO.

Prontas para governar

"Um dos projetos que nos alegra é a descentralização pela qual o presidente Dhlakama se debateu durante todo este tempo. Lutou para que o poder em Moçambique fosse descentralizado, para que cada província pudesse eleger os seus governadores. Nas eleições que se avizinham, nós - as mulheres - estamos prontas para acabar com a liderança da FRELIMO que durante 50 anos não fez nada", asseverou.

Maria Inês Martins explica que a escolha da província da Zambézia para a realização da marcha nacional da Liga Feminina da RENAMO prendeu-se com o facto desta região ter sido adorada por Afonso Dhlakama. "Tínhamos que escolher esta província", sublinhou.

Para além das centenas de mulheres, também homens de diferentes idades se juntaram à marcha feminina pelas avenidas da cidade de Quelimane. Um deles é Pedro Romeu Mussulumad, de 32 anos.

"Os 38 anos da criação da Liga Feminina da RENAMO representam uma grande valorização das mulheres. Estou feliz por fazer parte desta marcha. Vejo que existem muitas mulheres escondidas por aí que gostam da RENAMO. Digo isto, porque estou a ver muitas senhoras que não sei de onde vieram", comentou o simpatizante.

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