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Síria: Ataque visava evitar uso de armas químicas, diz UE

Lusa | ni
16 de abril de 2018

União Europeia justificou nesta segunda-feira (16.04.) à Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) que os ataques contra instalações químicas na pretendiam "evitar o uso posterior" de substâncias químicas.

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Cidade de Douma, Síria, em ruinasFoto: picture-alliance/AP/H. Ammar

A União Europeia pediu a Rússia e ao Irão que "usem a sua influência" sobre o regime sírio e evitem "qualquer uso posterior de armas químicas" por parte das forças oficiais de Damasco.

Além disso, a União apelou as partes do conflito, concretamente ao regime de Bashar al Assad e aos seus aliados, para que "apliquem imediatamente o cessar-fogo e garantam o acesso de assistência médica" às regiões com vítimas civis no país.

Numa reunião de emergência na sede da OPAQ em Haia, na Holanda, para tratar da situação na Síria, a delegação britânica denunciou que o regime de Assad e a Rússia "não estão a permitir o acesso" aos especialistas que compareceram à cidade de Douma para investigar o suposto ataque químico.

Ataque das potências "legalmente correto"

Niederlande OPCW-Sondersitzung zu mutmaßlichem Giftgaseinsatz in Duma
Sede da OPAQ em Haia, HolandaFoto: picture alliance/dpa/ANP/Evert-Jan Daniels

A primeira-ministra do Reino Unido defendeu nesta segunda-feira (16.04.) que o ataque de sábado (14.04.) coordenado com Estados Unidos da América e França contra instalações do regime sírio foi "legalmente correto", apesar de não contar com a anuência do Conselho de Segurança da ONU.

Theresa May disse no Parlamento que "não se tratava de intervir numa guerra civil nem de mudar um regime" e notou que a operação militar conjunta com os aliados Estados Unidos e França "foi um ataque efetivo e com objetivos limitados para aliviar o sofrimento dos cidadãos sírios".

A chefe do Governo do Reino Unido afirmou ainda que a intervenção "não foi feita porque o Presidente [dos EUA] Donald Trump pediu". Entretanto, o líder da oposição britânica, Jeremy Corbyn, dos Trabalhistas, sustentou que a ação foi "legalmente questionável", dado que se tratava de uma operação em defesa própria nem contava com a aprovação da ONU.

França apela aos membros do CS a negociações de "boa fé"

A França instou os seus parceiros do Conselho de Segurança (CS) da ONU a entrarem hoje "de boa-fé" nas negociações sobre um projeto de resolução sobre a Síria incidindo sobre as vertentes química, humanitária e política.

UN-Sicherheitsrat in New York | Abstimmung Syrien
Membros do CS votando contra resolução russaFoto: Reuters/E. Munoz

O objetivo desta resolução é claro: relançar uma ação coletiva do Conselho de Segurança sobre o dossier químico, para proteger a população civil e trabalhar numa solução política para a crise síria", precisou o embaixador francês na ONU, François Delattre.

Sanções à Rússia?

Os Estados Unidos da América afirmaram nesta segunda-feira (16.04.) que decidirão no "futuro próximo" sobre a possibilidade de impor novas sanções à Rússia em represália ao apoio ao regime sírio.

A linha provisória estabelecida nesta segunda-feira (16.04.) pela Casa Branca representa uma ligeira mudança às afirmações feitas neste domingo (15.04.) pela embaixadora americana na ONU, Nikki Haley, que disse que o secretário de Tesouro, Steven Mnuchin, poderia anunciá-las hoje (16.04).

Haley disse que as sanções seriam aplicadas contra empresas russas que ajudaram o Governo sírio a desenvolver armas químicas.

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