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Cabo Delgado: SADC adia cimeira extraordinária

Lusa
6 de janeiro de 2022

Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) anunciou hoje (06.01) o adiamento para a próxima semana da cimeira extraordinária que vai debater a missão militar de apoio a Moçambique, em Cabo Delgado.

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Mosambik Militär SADC SANDF
O conflito em Cabo Delgado já provocou milhares de mortos. Na imagem, soldados da SADC em Moçambique.Foto: Alfredo Zuniga/AFP/Getty Images

Segundo nota de imprensa distribuída pela Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) hoje (06.01), o evento, que devia decorrer nesta sexta-feira (07.01), em formato virtual, vai ser realizado na quarta-feira da próxima semana em Lilongwe, no Maláui.

A cimeira será presidida pelo chefe de Estado do Maláui, Lazarus Chakwera, que é atualmente o presidente em exercício da SADC.

Será antecedida, na terça-feira, pela cimeira extraordinária da Troika do Órgão, que integra o Botswana, Namíbia e África do Sul, bem como pelo Conselho de Ministros Extraordinário da organização sub-regional.

Assuntos em discussão

"A cimeira da SADC irá, entre outros assuntos, discutir o apoio para a operacionalização dos objetivos da Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral em Moçambique [SAMIM, na sigla inglesa] para restaurar a paz e estabilidade em Cabo Delgado", referia um outro comunicado da organização divulgado na terça-feira.

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A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, mas aterrorizada desde 2017 por rebeldes armados, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

Conflito 

O conflito já provocou mais de 3.100 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e mais de 817 mil deslocados, de acordo com as autoridades moçambicanas.

Desde julho, uma ofensiva das tropas governamentais com apoio do Ruanda a que se juntou depois a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) permitiu aumentar a segurança, recuperando várias zonas onde havia presença de rebeldes, nomeadamente a vila de Mocímboa da Praia, que estava ocupada desde agosto de 2020.

O receio da "iraquização" de Cabo Delgado