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Samora Machel Júnior quer ser Presidente de Moçambique

DW (Deutsche Welle) | Lusa
3 de abril de 2024

Comissão Política da FRELIMO ainda não divulgou lista dos "presidenciáveis", mas Samora Machel Júnior já se declarou como pré-candidato. Intenção deve ser apresentada na reunião do Comité Central que arranca sexta-feira.

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Samora Machel Júnior, empresário e filho do primeiro Presidente de Moçambique, Samora Machel
Samora Machel JúniorFoto: DW/J. Carlos

"A minha candidatura é fundamentada nos princípios da busca pela paz, pelo respeito à diversidade e à diferença, a promoção da inclusão e igualdade, dignidade humana e assegurar o crescimento económico de Moçambique para garantir um ambiente propício ao desenvolvimento económico e social, com especial atenção à criação de empregos para jovens e assistência aos mais necessitados", esclarece Samora Machel Júnior no manifesto político de pré-candidatura, hoje divulgado pelo jornal Savana.

O filho do primeiro Presidente de Moçambique, Samora Machel, diz ainda que a motivação que o leva a candidatar-se tem por base a "necessidade de servir a nação" que o viu crescer.

"A minha candidatura é um misto de inquietações, mas também de esperança, visando dar respostas aos problemas e desejos dos moçambicanos", acrescenta Samito, como é conhecido o empresário, no documento que traça as principais linhas da sua candidatura.

A decisão deverá ser formalizada ainda esta semana junto dos órgãos internos da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), "provavelmente no próprio Comité Central do partido", que estará reunido esta sexta-feira (05.04) e sábado (06.04), na capital, Maputo, noticiou esta quarta-feira o jornal Negócios, que cita de fonte ligada ao processo.

Oficialmente, esta reunião da FRELIMO não contempla uma discussão sobre quem serão os candidatos do partido à liderança do país, mas com a apresentação da sua pré-candidatura, Samora Machel Júnior acabará por forçar o debate sobre este tema que tanto tarda em ser discutido.

"O nosso partido sempre foi de massas. Ele deve representar as aspirações do povo. Quero promover a unidade na diferença. Todos os moçambicanos devem ter acesso às mesmas oportunidades", sublinha ainda Samora Machel Júnior, que propõe "uma governação que deverá ser guiada por reformas baseadas na realidade atual, promovendo as mudanças que se mostrem necessárias e que reflitam as reais necessidades do povo".

O que está a "tramar" a FRELIMO?

Nyusi pede "disciplina" aos militantes

O Comité Central do partido no poder em Moçambique vai "avaliar" na próxima sexta-feira (05.04) e sábado (06.04) a "diretiva" sobre as eleições internas na FRELIMO, disse hoje Filipe Nyusi, Presidente da República e líder da organização.

"Dentro de dias, o Comité Central irá reunir-se para tomar decisões importantes, assim como avaliar a diretiva que irá orientar a eleição dos candidatos a diferentes órgãos, incluindo cabeças-de-lista para governador" provincial, afirmou Nyusi na abertura da reunião do Conselho Nacional da Organização da Mulher Moçambicana (OMM), "braço" político da FRELIMO.

Filipe Nyusi não se referiu ao processo de eleição do candidato do partido no poder às eleições presidenciais de 9 de outubro, às quais o atual chefe de Estado não pode concorrer por ter atingido o limite constitucional de dois mandatos no cargo, mas apelou aos membros do Comité Central para pautarem pela "disciplina e alinhamento" com as orientações da direção do partido.

Que "cada membro deste órgão" tenha "maior responsabilidade, disciplina e alinhamento com a direção do partido, em todas as fases do processo de preparação das eleições, começando pelas eleições internas dos diferentes níveis", pediu Nyusi, numa altura em que importantes quadros da FRELIMO criticam a demora na escolha do candidato às presidenciais.