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Siemens Angola voltou a crescer e continua com projetos em carteira

João Carlos (Lisboa)20 de dezembro de 2013

A filial da empresa alemã em Luanda, com negócios nos setores da Energia e Transportes, voltou a crescer em 2013. O número de projetos não para de aumentar e a aposta segue também na área da formação profissional.

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Foto: DW/J. Carlos

Angola está a expandir a rede ferroviária e a dotar as linhas de mais segurança, mas para isso o país tem investido em infraestruturas com o apoio de parceiros como a Siemens.

Este é um dos setores de interesse para a filial da empresa alemã, que aponta a área da Energia como a base para o desenvolvimento da economia angolana.

“Nós contamos com parceriais na área de produção, transmissão e distribuição de energia não só para Luanda, mas de todas as grandes infraestrururas e projetos que aí vêm. Estes são os setores em que a Siemens se vai expandir”, diz Jorge Tropa, administrador da Siemens Angola.

Engenheiro colocado na capital angolana, Luanda, Jorge Tropa prevê uma expansão da atividade da Siemens no país, considerado como um dos mercados de maior potencial de crescimento em África.

Ölproduktion in Angola
Angola vive um momento de grande expansão, em parte protagonizado pelo facto de estar a apostar na exploração de recursos naturaisFoto: AP

Siemens na construção de quatro aeroportos

A Siemens Angola atua em áreas estratégicas de desenvolvimento, como a Saúde, Energia, Infraestururas e Transportes, com o apoio da filial portuguesa.

Entre os projetos em curso, Jorge Tropa destaca os aeroportos em fase de conclusão em Soyo, Dundo, Saurimo e Luena.

“Nós construímos toda a infraestrurura eletromecânica de quatro novos aeroportos periféricos. O aeroporto de Soyo, por exemplo, na região Nordeste do país, é uma zona estratégica muito importante, onde existem as maiores operações petrolíferas”, comenta Jorge Tropa.

O investimento total para estas obras iniciadas em julho de 2012 ronda os 200 milhões de dólares (cerca de 146 milhões de euros), tendo a Siemens participado com uma quota superior a 25%, o correspondente a cerca de 55 milhões de dólares (cerca de 40 milhões de euros). A empresa é também parceira na construção de uma central de produção de energia com duas turbinas a gás destinada a alimentar a cidade de Soyo.

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Ainda no setor energético, a Siemens fornece grande parte de equipamentos de alta tensão para centrais hidroelétricas, entre as quais a de Cambambe.

“Para Lauka, que será o grande projeto hidroelétrico da década, talvez do século, um projeto de 2000 megawatts, estamos na expectativa de ser um parceiro do Governo e do Ministério da Energia para o fornecimento do equipamento. Há, de facto, uma vontade do Executivo em escolher tecnologia alemã”, prevê Jorge Tropa.

Angola aposta nas centrais hídricas, mas há outros setores na área das energias renováveis, como o solar e fotovoltaico, que oferecem vantagens pelos custos reduzidos de produção e manutenção.

Jorge Tropa considera que para o sucesso das empresas alemãs em mercados africanos, a Alemanha deve estruturar as linhas de financiamento e de crédito.

“O governo chinês fez um acordo com o Estado angolano e isso facilita a entrada das empresas que por esta via asseguram financiamentos. O Estado alemão não faz acordos diretos para financiamento, são as instituições financeiras que o fazem, o que complica a entrada de empresas alemãs em África”, explica Jorge Tropa.

Jorge Tropa
O administrador Jorge Tropa defende que a Alemanha deve rever o modo como dá apoio financeiro às suas empresas em ÁfricaFoto: DW/J. Carlos

Parcerias noutras áreas

Para além do envolvimento em soluções energéticas, a Siemens assegura água potável a 80% da população, no âmbito do projeto “Água para Todos”.

“Fornecemos estações de tratamento de água compactas, que se destinam a regiões de 50 a 100 mil habitantes”, conta.

Na área da formação, a Siemens tem também acordos com o Centro Integrado de Formação Tecnológica (CINFOTEC) e com o Instituto Politécnico de Tecnologias e Ciências (ISPTEC).

“Capacitámos 13 formadores do CINFOTEC, por exemplo, nas áreas de automação e domótica, para lecionar matérias nos diversos centros de formação do país”, salienta Jorge Tropa.

Os resultados alcançados no ano fiscal de 2012 foram positivos e, segundo o administrador da Siemens Angola, é de se prever um crescimento das vendas e encomendas em 2013.

“Foi um ano que correu bem, dentro dos nossos objetivos. Crescemos face a 2012”, conclui.

O balanço real será anunciado oficialmente entre janeiro e fevereiro de 2014.

Berufsausbildung von Siemens Angola
Técnicos especializados da Siemens Angola dão formação em institutos superiores angolanosFoto: Siemens Angola
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