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Sissoco: "Todos os partidos devem fazer parte do Governo"

Lusa
24 de maio de 2022

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, afirmou que todos os partidos políticos devem fazer parte do novo Governo, de iniciativa presidencial. Enquanto isso, o primeiro-ministro admitiu recenseamento de raiz.

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Guinea-Bissau Umaro Sissoco Embaló in Ruanda
Foto: Pressebüro der Präsidentschaft der Republik Guinea-Bissau/Jakadi

"Todos os partidos políticos devem fazer parte deste Governo de iniciativa presidencial, sem exceção, e, sobretudo, os partidos políticos que estavam representados na assembleia e peço ao primeiro-ministro para contactar todos", disse Umaro Sissoco Embaló.

O chefe de Estado falava no final da cerimónia de tomada de posse do primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam, e do vice-primeiro-ministro, Soares Sambu, reconduzidos no cargo, após o Presidente guineense ter decidido dissolver o parlamento e convocado eleições legislativas antecipadas para 18 de dezembro.

"É um Governo de iniciativa presidencial, mas o primeiro-ministro nomeado deve sentar-se com eles, discutir, trazer as suas propostas para avaliarmos, para todos entrarem, sem exclusão, porque é um Governo que vai organizar eleições", declarou Umaro Sissoco Embaló.

O chefe de Estado salientou que era bom estarem incluídos o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), Partido da Renovação Social (PRS) e a Assembleia do Povo Unido–Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), liderado pelo atual primeiro-ministro.

Recenseamento eleitoral de raiz para legislativas

"O recenseamento vai ser de raiz", disse o primeiro-ministro Nuno Gomes Nabiam, quando questionado pelos jornalistas no final da sua cerimónia de posse, no Palácio da Presidência, em Bissau.

Nuno Gomes Nabiam disse também que há "condições técnicas" para realizar o recenseamento e que vai analisar o esforço interno, "aquilo que é possível", e trabalhar com os "parceiros”, recordando que Timor-Leste está disposto a dar apoio no processo eleitoral.

O chefe de Estado guineense, Umaro Sissoco Ebmbaló, dissolveu a semana passada o parlamento, marcou eleições legislativas para 18 de dezembro e reconduziu no cargo Nuno Gomes Nabiam e o vice-primeiro-ministro, Soares Sambu, para liderarem um Governo de iniciativa presidencial, que deverá ser conhecido até ao final da semana.

Condições para eleições

Questionado se há condições para realizar as legislativas a 18 de dezembro, Nuno Gomes Nabiam disse ser possível e que a missão estava clara.

Guinea-Bissau Premierminister Nuno Gomes Nabiam
Nuno Gomes Nabiam foi reconduzido no cargo de primeiro-ministroFoto: Braima Darame/DW

"Este Governo de iniciativa presidencial é para organizar as eleições. Vamos trabalhar nesse sentido e tudo faremos para que a data de 18 de dezembro seja uma realidade. Da nossa parte tudo faremos para que possamos cumprir essa missão na data prevista”, afirmou.

Sobre as condições para organizar o processo, incluindo financeiras, o primeiro-ministro disse que é preciso trabalhar e que haverá dificuldades.

"Mas o Presidente foi muito claro quer as eleições a 18 de dezembro", frisou.

Em relação à formação do novo Governo, Nuno Gomes Nabiam disse que o chefe de Estado foi ao encontro do que já tinha defendido para o novo executivo de iniciativa presidencial e que é nesse "caminho” que vai andar.

"Vamos enviar cartas aos partidos políticos, com assento parlamentar, e vamos discutir, e depois dessa discussão estaremos em condições de apresentar uma proposta ao Presidente da República", explicou.

Sobre se haveria condições para apresentar um Governo ainda esta semana tendo em conta o envio de cartas e ainda um processo de discussão, Nuno Gomes Nabiam disse pensar que sim.

"Tudo faremos para que dentro de dias possamos concluir o processo e anunciar o novo Governo", referiu. 

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