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Situação do Grande Hotel da Beira é destaque na imprensa alemã

Pessoa, Marcio Americo Vieira31 de maio de 2013

Jornais do país abordam também o "Caso Pistorius", o relatório final dos observadores da União Européia sobre as eleições no Quênia e as eleições na Guiné-Conacri.

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Frankfurter Allgenmeine Zeitung dá destaque, nesta sexta-feira (31/05), para o caso "Oscar Pistorius", o atleta paralímpico sul-africano acusado de matar a própria namorada Reeva Steenkamp. O julgamento do atleta começa em Junho. O "Biography Channel" dedicou um documentário ao caso, fazendo uma reconstituição profunda da noite do crime. O documentário questiona se Pistorius queria matar a namorada e apresenta evidências intrigantes. A matéria intitulada "A noite não era assim tão escura" destaca a queda de um homem de temperamento explosivo que um dia se superou e ganhou a admiração do Mundo, sendo considerado um herói.     

O jornal também destacou durante a semana o fato de a Itália ter enviado refugiados líbios para a Alemanha, concedendo a eles dinheiro e vistos de turista no espaço Shengen. Cerca de 15 desses refugiados chegaram a Hamburgo e alguns vivem nas ruas. O Ministério do Interior informou a todos os estados alemães da iniciativa italiana. O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Itália confirmou a situação e se defendeu, dizendo que tudo aconteceu de acordo com a Alemanha e com a lei européia. O Ministério do Interior da Alemanha, porém, informou que a Itália teria concordado em recuar da iniciativa.

O Handelsblatt abordou na semana os riscos de empresários estrangeiros serem vítimas de sequestros no exterior, indicando que os profissionais alemães tem que se preparar para enfrentar áreas consideradas de alto risco. A matéria de Laura Montorio e Claudia Obmann informa que muitos sequestradores espreitam suas vítimas às vezes por semanas e que empresários do setor de petróleo e gás são particularmente vulneráveis. A matéria aponta países africanos como de alto risco, assim como México, Venezuela e Colômbia.

Hotel da Beira

Die Tageszeitungapresentou a matéria "O hotel sem estrelas", que aborda a história do Grande Hotel da Beira, um lugar luxuoso no período colonial que acabou se transformando em abrigo para sem-teto. O texto de Sebastian Erb contrasta a belíssima paisagem do Oceano Índico que os antigos hóspedes desfrutavam com o cotidiano de miséria e falta de infra-estrutura enfrentado pelos atuais moradores do prédio ocupado.

O periódico também aborda o Congresso Internacional da Fifa que acontece neste ano nas Ilhas Maurícias. A matéria de autoria do jornalista Florian Bauer fala das acusações de corrupção que pairam sobre a entidade máxima do futebol e do eterno reinado de Sepp Blatter à frente da instituição.

O jornal também aborda às eleições na Guiné-Conacri e a difícil democratização de um país em crise política. "Alpha Condé, primeiro presidente eleito democraticamente em 2010, agora tem a função de liderar um pleito em meio a um país em crise", escreve o cotidiano.  A campanha tem sido considerada violenta e a oposição ameaça boicotar o pleito.

Censura nos Camarões

O mesmo Die Tageszeitung publicou também uma entrevista com o cineasta camaronês Jean-Pierre Bekolo, que diz que vale a pena fazer cinema apesar da censura nos Camarões. O seu novo filme de ficção, "Le Président", é uma parábola da situação na República dos Camarões. Conta a história de um funcionário público cansado em um país onde a vida está estagnada. O filme foi exibido pela primeira vez no Festival de Ouagadougou em meio a rumores de tentativas de censura.

Der Tagesspiegel publicou a matéria "À beira do Abismo", do seu correspondente na Cidade do Cabo, Wolfgang Drechsler, reporta o peso da nova onda de greves para a economia sul-africana. O texto aborda o contraste da África do Sul esperançosa de três anos atrás, na ocasião da Copa do Mundo, com as perdas ocasionadas pela desvalorização do Rand, de 25 por cento nos últimos 12 meses.

O Neue Zürcher Zeitung aborda o relatório dos observadores da União Européia sobre as eleições no Quênia. O texto chama atenção que, em contraste com um relatório preliminar interno, que foi divulgado dois meses antes pela imprensa local, o relatório final parece carecer de um teor mais crítico. Foi observado, porém, o fato de 3 milhões de quenianos votarem sem serem registrados a tempo e os altos custos da missão de observadores.