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Sofala: A aquacultura está a crescer em Moçambique

Arcénio Sebastião (Beira)
8 de fevereiro de 2024

Na província de Sofala, centro de Moçambique, a produção de pescado em cativeiro aumentou em 67,6% em 2023, comparativamente a 2022. O setor gerou mais empregos e fomentou o crescimento da economia.

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Mouli Liu, diretor da FuLi Moçambique
Mouli Liu quer "criar tilápia e ensinar isso às pessoas em Moçambique"Foto: Arcénio Sebastião/DW

Com a crise de pescado e restrições no período de veda em Moçambique, a aquacultura tem sido uma alternativa para o fornecimento de mariscos a mercados nacionais e estrangeiros.

A escassez de pescado no Banco de Sofala fez impulsionar investimentos na área, com foco na produção de alevinos e ração para avicultores e projetos do Estado.

Com a implementação do Projeto de Desenvolvimento de Aquacultura de Pequena Escala (PRODAPE), desde 2021, houve um crescimento significativo no que diz respeito à criação de peixe, camarão, caranguejo e outros, em cativeiro em Sofala.

Em 2023, por exemplo, a província produziu 220,8 toneladas de pescado em cativeiro - um crescimento de 67,6% se comparado com 2022. No mesmo período, Sofala registou um aumento exponencial de piscicultores, de 13 para 2.041.

Piscicultura na província moçambicana de Sofala
Sofala tem 2.041 piscicultores registadosFoto: Arcénio Sebastião/DW

Aumento na produção

Com o PRODAPE, tem sido notório o melhoramento da dieta alimentar nas comunidades, segundo as estatísticas de aquisição para consumo doméstico. De acordo com Izidro Intaze, delegado do Instituto Nacional de Desenvolvimento da Pesca e Aquacultura em Sofala, a produção e circulação de pescado em cativeiro cresceu bastante nos últimos anos.

E o setor da piscicultura emprega na província perto de sete mil trabalhadores, entre nacionais e estrangeiros, e entre fixos e sazonais. Tudo isso impulsiona o crescimento económico e social na região.

Mouli Liu, diretor da FuLi Moçambique, uma das duas maiores empresas de produção de alevinos e ração que abastece o setor da agricultura, planeia expandir as atividades para outras províncias. É que Moçambique continua a importar em grande escala ração para alimentar mariscos.

"Agora vamos aumentar. Em um ano, queremos produzir pelo menos cinco mil toneladas de ração. Criar tilápia e ensinar isso às pessoas em Moçambique", afirma.

A produção de marisco em cativeiro é pouco conhecida em Moçambique. A FuLi Moçambique é tida como pioneira no país na exportação de camarão e caranguejo vivo.

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