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Sudão: Sete mortos e centenas de feridos

Lusa | AFP | cvt
1 de julho de 2019

Pelo menos sete pessoas morreram e 181 ficaram feridas no Sudão, na sequência das manifestações massivas de domingo (30.06) para exigir a transição para um governo civil.

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Sudan Khartum | Protest gegen Militärregierung | Einsatz von Tränengas
Gás lacrimogéneo foi usado para dispersar os manifestantesFoto: Reuters/M.N. Abdallah

As informações foram noticiadas pela a agência oficial Suna, citando o Ministério da Saúde.

Num balanço divulgado anteriormente, um comité médico próximo da contestação dava conta de cinco mortos.

"Há ainda vários feridos graves, atingidos por balas de milícias do conselho militar", segundo o mesmo comité.

Respondendo ao apelo do principal movimento da contestação, composto por estudantes universitários, dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas para pressionar os generais a transferir o poder para os civis.

Sudan Khartum Massenproteste der Opposition
Manifestantes em CartumFoto: AFP

'Snipers' a disparar contra os manifestantes

As autoridades sudanesas lançaram gás lacrimogéneo e 'snipers' dispararam para dispersar as dezenas de milhares de pessoas que se manifestaram em Cartum, capital do Sudão.

O número dois do conselho militar de transição, no poder, general Mohammed Hamdan Daglo, disse à agência noticiosa France Presse que houve disparos de 'snipers' sobre civis e paramilitares durante a manifestação, convocada para reclamar uma transferência de poder.

As manifestações ocorrem depois de as negociações entre o Conselho Militar do Sudão, que governa o país, e os líderes dos protestos, para um acordo de partilha de poder, terem chegado a um impasse.

A marcha de domingo era vista como um teste para os organizadores dos protestos, depois do apagão na internet que reduziu a capacidade de mobilizar apoio e da violenta repressão aos manifestantes no início do mês. Pelo menos 128 pessoas foram mortas nesta manifestação do dia 3 de junho e na repressão que prosseguiu nos dias seguintes, segundo médicos. As autoridades indicaram um balanço de 61 mortos.