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Suspensa composição da direção do novo parlamento guineense

Lusa | nn
20 de abril de 2019

A primeira sessão do novo parlamento guineense ficou marcada por muita crispação entre os deputados de diferentes partidos. Composição da mesa do Parlamento foi suspensa até terça-feira (23.04)

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Inauguration Parlament Guinea-Bissau
Foto: DW/B. Darame

O presidente do novo parlamento da Guiné-Bissau, Cipriano Cassamá, suspendeu até próxima terça-feira, dia 23, a composição da mesa que irá dirigir aquele órgão, após persistir um impasse na eleição dos membros após mais de 13 horas de debates.

O regimento do parlamento guineense prevê que no primeiro dia da reunião do órgão, após eleições legislativas, são eleitos o presidente, dois vice-presidentes e outros tantos secretários que devem ser propostos pelos dois partidos mais votados.

Inauguration Parlament Guinea-Bissau
Braima Camará, líder do Movimento para Alternância Democrática (Madem)Foto: DW/B. Darame

O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que venceu as legislativas conquistando 47 dos 102 mandatos no parlamento, propôs a eleição de Cipriano Cassamá, o que foi aprovado, e ainda apresentou Nuno Nabian, líder da Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU/PDGB), que também foi eleito ao cargo de primeiro vice-presidente do órgão legislativo.

Braima Camará chumbado

O impasse deu-se quando o Movimento para Alternância Democrática (Madem) indicou o seu líder Braima Camará, em observância do dispositivo legal que diz que caberá ao segundo maior votado a indicação do segundo vice-presidente do parlamento.

Hélder Barros, deputado que presidiu à comissão eleitoral para a composição da presidência do novo do parlamento guineense para os próximos quatro anos, proclamou que Braima Camará não obteve a maioria de votos necessários, pelo que a sua candidatura foi chumbada.

Camará obteve 47 votos a favor, 50 votos contra e três abstenções, entre 100 deputados presentes na sala.

Inauguration Parlament Guinea-Bissau
Sessão de inauguração do novo parlamento guineense decorreu num hotel de BissauFoto: DW/B. Darame

O presidente da comissão eleitoral, Helder Barros, pediu ao Madem que indicasse um novo nome para ser submetido ao voto dos deputados, o que foi rejeitado pelo partido liderado por Braima Camará.

Processo viciado?

Vários deputados da bancada do Madem e do Partido da Renovação Social (PRS) anunciaram que iriam impugnar o processo da votação para escolha dos membros da mesa do parlamento, por considerarem que estava "viciado".

Após várias horas de impasse, o presidente do parlamento, Cipriano Cassamá, suspendeu a sessão, cerca das 03:00 (hora local) para ser retomada na terça-feira. A primeira sessão do novo parlamento guineense ficou marcada por muita crispação entre os deputados de diferentes partidos.

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