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PolíticaTanzânia

Tanzânia: Oposição denuncia irregularidades nas eleições

Lusa
28 de outubro de 2020

Há "irregularidades em grande escala" nas eleições desta quarta-feira (28.10), na Tanzânia. Quem o diz é o principal candidato da oposição, Tundu Lissu, que avisa: "a integridade da votação" está ameaçada.

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Foto: AFP/Getty Images

"As informações sobre a votação apontam para irregularidades em grande escala", declarou Lissu, numa mensagem publicada na rede social Twitter.

Tundu Lissu alertou ainda para a recusa em permitir a entrada de observadores nas secções eleitorais e a descoberta de urnas cheias, especialmente em Dar es Salam.

"Se isso continuar, uma ação democrática maciça será a única opção para proteger a integridade da eleição", avisou Lissu, que partilhou um vídeo de uma urna alegadamente adulterada.

A Tanzânia, país com mais de 29 milhões de eleitores registados, vai esta quarta-feira às urnas para eleger o Presidente do país, assim como o Presidente do arquipélago autónomo de Zanzibar e respetivos Parlamentos em eleições que culminam campanhas marcadas pela repressão da oposição e das liberdades.

Repressão e violência

O atual Presidente, John Magufuli, apelidado de "Bulldozer", e cujo primeiro mandato foi marcado pela repressão e deriva autoritária do país, bate-se pela reeleição, contra Tundu Lissu, 52 anos, líder do Chadema, o maior partido da oposição, que regressou ao país em julho, após três anos no exílio.

Bildkombo Tansania Wahlen | Präsident John Magufuli und Tundu Lissu
Presidente John Magufuli (esq.) e o líder da oposição Tundu Lissu

Os últimos dias antes das eleições ficaram marcados pela violência, com a oposição a acusar as autoridades de matarem pelo menos 10 apoiantes do Chadema.

No arquipélago semiautónomo de Zanzibar, regularmente palco de violência eleitoral e onde os eleitores votam não só para a eleição nacional, mas também para nomear o Presidente e parlamentares do arquipélago, a situação tornou-se marcadamente tensa na terça-feira, com o candidato da oposição Seif Sharif Hamad a acusar as forças de segurança de terem matado 10 pessoas no local - o que a polícia nega.

Um arquipélago cheio de lixo