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Tragédia de Hulene: Governo promete concluir casas este ano

Lusa
3 de junho de 2020

Famílias retiradas das proximidades da lixeira de Hulene, onde morreram 16 pessoas soterradas em fevereiro de 2018, continuam à espera de realojamento. Governo diz que casas estarão construídas até ao fim do ano.

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Mosambik Maputo Mülldeponie Hulene
Foto: DW/R. da Silva

O Executivo moçambicano prometeu concluir, ao longo deste ano, a construção das casas para as famílias retiradas das proximidades da lixeira de Hulene, onde morreram 16 pessoas soterradas em fevereiro de 2018.

"Queremos crer que ao longo deste ano as casas serão concluídas", disse o porta-voz do Conselho de Ministros, Filimão Suaze, após uma reunião deste órgão, em Maputo, capital do país.

Numa primeira fase, o realojamento das famílias que viviam nas proximidades da lixeira de Hulene estava previsto para finais de 2018, tendo o Governo prorrogado o prazo para meados de 2019. Até hoje, no entanto, as pessoas continuam à espera.

No total, após o desastre, 269 famílias foram retiradas das imediações da lixeira de Hulene e agora, enquanto aguardam pela conclusão das obras, vivem em casas arrendadas, que têm sido pagas pelo Executivo.

Rendas em atraso geram protesto

Na manhã de terça-feira (02.06), uma parte das famílias esteve à porta do Conselho Autárquico de Maputo para contestar os atrasos de dois meses no desembolso dos subsídios para o pagamento das rendas, o que levou o Conselho de Ministros a aprovar uma "transferência extraordinária" para resolver a situação.

"O desembolso visa assegurar o arrendamento de casas durante o período que falta para a conclusão das casas definitivas na área de reassentamento", disse o porta-voz do Governo moçambicano, sem avançar o montante. 

Cada família recebe trimestralmente 30 mil meticais (387 euros) para o pagamento da renda. 

Na madrugada de 19 de fevereiro de 2018, uma parte da maior lixeira da capital, com altura de um edifício de três andares, desabou devido à chuva forte e abateu-se sobre diversas habitações precárias do bairro em redor. Dezasseis pessoas morreram no local, das quais sete eram crianças.

Em 2018, o Governo moçambicano anunciou que a lixeira de Hulene seria encerrada, numa operação estimada em 110 milhões de dólares (98 milhões de euros ao câmbio atual).