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Tropas etíopes admitem ter abatido aeronave queniana

Lusa | cvt
9 de maio de 2020

Avião de bandeira queniana foi abatido quando aterrissava no sul da Somália. Cinco pessoas morreram no incidente, na passada segunda-feira (04.05). Motivo teria sido falha na comunicação.

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Somalia Bardale | Flugzeugabsturz, Hilfsgüter gegen Corona
Restos do avião abatidoFoto: Reuters

A aeronave, uma Embraer 120 da companhia aérea queniana African Express carregando suprimentos para conter os efeitos do coronavírus, caiu perto do aeroporto, na cidade de Bardale na segunda-feira (04.05).

Segundo o comandante etíope Alemu Ayene, citado pela rádio "Dalsan", eles não tinham informações de que o avião civil iria pousar em Berdele e não tinham como se comunicar com ele.

Um relatório da Missão da União Africana na Somália (AMISOM) divulgado por um deputado somali na última noite também revelou que tropas etíopes de fora daquele contingente dispararam contra a aeronave.

"O incidente foi provocado por tropas etíopes não pertencentes à AMISOM, o que exigirá colaboração mútua em uma investigação conjunta entre Somália, Etiópia e Quênia para entender o que aconteceu", diz o relatório divulgado nesta sexta-feira (08.05) pela força militar conjunta.

Investigação em curso

De acordo com a investigação da União Africana, quando o avião se aproximava de Berdele, queria pousar numa trajetória incomum e em um momento em que não estava pronto para pousar.

"Mesmo que as tropas não tivessem disparado sobre ela, a aeronave teria caído porque suas rodas não estavam preparadas para o pouso", garante o relatório, no qual também é dito que as tropas concluíram que poderia ser um suicídio ou um ataque suicida contra a base.

"Finalmente, após a falta de comunicação, a aeronave foi abatida e três cidadãos quenianos e dois somalis foram mortos", completa o documento.

Não está claro porque as tropas não tinham informações sobre este voo, apesar de terem a liberação da Autoridade de Aviação Civil da Somália. De acordo com essa autorização, o avião saiu da cidade de Baidoa, onde parou após sair de Mogadíscio, e o incidente ocorreu às 15h30, hora local.

Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores do Quênia também pediu às autoridades somalis que investigassem as circunstâncias da tragédia, as quais classificaram como "confusas".

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