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Gambianos exigem a demissão do Presidente

Janko Sankulleh | bd
17 de dezembro de 2019

Adama Barrow foi eleito para formar um governo de transição que duraria três anos. O Presidente da Gâmbia recusa demitir-se e quer cumprir um mandato de cinco anos, previsto na Constituição.

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Gambia Protest gegen Präsident Adama Barrow, Rücktrittsforderung
Foto: DW/O. Wally

Mais de dez mil manifestantes em Banjul pediram a renúncia do Presidente da Gâmbia, Adama Barrow, na segunda-feira (16.12).

O movimento "Três anos são o suficiente" exige que o chefe de Estado honre um acordo firmando por uma coligação de partidos, no qual ele renunciaria ao cargo e convocaria novas eleições após três anos de mandato.

O chefe de Estado gambiano tem declarado, no entanto, que permanecerá na Presidência até 2022, completando cinco anos de mandato, conforme prevê a Constituição da Gâmbia.

Adama Barrow venceu as eleições presidenciais em dezembro de 2016 e assumiu o cargo no dia 19 de janeiro de 2017. Derrotou Yahya Jammeh, que tomou o poder após um golpe de Estado em 1994.

Mensagens ao Presidente

Durante a marcha na capital Banjul, manifestantes pediam que o presidente fosse honesto e se tornasse um político exemplar para o país. "Ele prometeu-nos um mandato de três anos. Que cumpre com suas promessas para o futuro do país e para o bem do povo gambiano", disse Kitim Jarju, um dos integrantes do movimento "Três anos são o suficiente".

Gambianos exigem a demissão do Presidente

O movimento enviou um memorando a Barrow, recordando-lhe a sua promessa, e deu um prazo ao chefe de Estado para renunciar ao cargo até 19 de janeiro de 2020.

"Nós, gambianos, votamos nele para cumprir três anos de mandato e não podemos aceitar que fique mais tempo no poder", disse Sheriif Ceesay um dos organizadores do protesto.

Em setembro, alguns partidos da coalizão aceitaram apoiar a iniciativa de Barrow de continuar por cinco anos. Dois partidos, porém, recuaram, incluindo o Partido Democrático Unido, o maior da Gâmbia.

O movimento "Três anos são o suficiente" foi fundado por Musa Kaira, um empresário que vive nos Estados Unidos. Se até 19 de janeiro Barrow não se demitir, o movimento promete convocar mais manifestações até que ele cumpra a promessa.