1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

UE pode alterar sanções contra Rússia caso afetem preços

Lusa
26 de julho de 2022

União Europeia (UE) defende que as sanções contra a Rússia "não são responsáveis pelos elevados preços dos alimentos ou fertilizantes", mas que é possível alterá-las caso haja um "efeito indireto" sobre estes mercados.

https://p.dw.com/p/4Eebp
Exportação de cereais produzidos na Ucrânia enfrenta dificuldades devido à guerraFoto: Ukrinform/dpa/picture alliance

De acordo com o Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josehp Borell, há atores económicos que "estão a exagerar" na sua reação face às sanções.

"Podendo fazer algo que não está proibido, não o fazem por medo de ter problemas", afirmou nesta segunda-feira (25.07) Borrell na Universidade Internacional Menéndez Pelayo, em Santander, no norte de Espanha, segundo noticia a agência noticiosa espanhola EFE.

Josep Borrell acrescentou que já alertou os ministros dos negócios estrangeiros dos países africanos que as sanções da UE à Rússia, pela invasão à Ucrânia, "não entravam as suas importações de trigo ou fertilizantes".

"Se houver algum fenómeno que tenha impacto sobre essas exportações russas, é claro que o analisaremos e o eliminemos", acrescentou.

Sanções impostas à Rússia com mais impactos na Europa?

"Narrativa russa"

O alto representante europeu alertou para o que diz ser uma "narrativa russa" que tenta "apresentar ao mundo" que as sanções pela União Europeia são a razão para os elevados preços da energia ou dos alimentos, sublinhando que estas "excluem expressamente os alimentos e fertilizantes".

"Não podemos culpar as sanções, mas se tais coisas acontecerem -- que poderiam decorrer de efeitos indiretos --, vamos certamente monitorizá-las e avisar os operadores para que tal não aconteça", acrescentou.

Sobre as críticas contra as sanções, Borrell considerou que têm um efeito "não imediato", mas que a Rússia "vai ser afetada" em setores "mais críticos", como a tecnologia.

Rússia ameaça cortar o fornecimento de gás à União Europeia

Fornecimento de gás reduzido

Pressionada pelas sanções do Ocidente, a Rússia tenta devolver na mesma moeda com a redução do fornecimento de gás.

O grupo russo Gazprom anunciou na segunda-feira que vai reduzir drasticamente, a partir de quarta-feira (27.07), o fornecimento de gás russo à Europa através do gasoduto Nord Stream, justificando a redução com a manutenção de uma turbina.

"A capacidade de produção da estação de compressão Portovaïa passará para 33 milhões de m3 diários em 27 de julho às 07:00" (05:00 em Lisboa), indicou a Gazprom, ou seja, cerca 20% da capacidade do gasoduto contra os 40% atuais.

Nesta terça-feira (26.07), realiza-se em Bruxelas uma reunião dos ministros da Energia do bloco europeu sobre a possibilidade de um acordo para a redução do consumo de gás na União Europeia. 

O que são sanções?

Saltar a secção Mais sobre este tema