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Novos ataques armados no centro de Moçambique

Lusa | ms
3 de abril de 2020

Um morto e quatro feridos é o balanço de um ataque armado ocorrido nesta sexta-feira na província central de Sofala. Na quinta-feira, dois ataques a autocarros também provocaram cinco feridos no centro de Moçambique.

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Karte Zentral-Mosambik Portugiesisch
Área de instabilidade em MoçambiqueFoto: DW

O ataque desta sexta-feira (03.04) ocorreu na zona limítrofe de Pungue e visou um autocarro de passageiros que seguia na primeira coluna militar - que partiu às 7 horas locais do cruzamento de Inchope - de acordo com o correspondente da DW África na região.

Na quinta-feira (02.04), dois ataques a vários autocarros fizeram pelo menos cinco feridos na zona de Mutindiri, junto à N1, a principal estrada que liga o sul e o norte de Moçambique, disseram à Lusa testemunhas e autoridades.

No primeiro ataque, um autocarro que se deslocava no sentido sul-norte foi alvejado por vários tiros, do lado do motorista, cerca das 8 horas, pouco depois de passar a povoação de Mutindiri. Três pessoas sofreram ferimentos ligeiros, incluindo o condutor.

Meia-hora depois, um outro autocarro, que viajava no mesmo sentido, foi metralhado e atingido por várias balas na parte traseira, quando percorria o mesmo troço, no meio de outros dois autocarros, tendo duas pessoas sofrido ferimentos ligeiros.

Auto-Konvoi Mosambik
Colunas militares para proteção de usuários da rodovia em 2016Foto: DW/B. Jequete

"Não parei porque queria salvar passageiros"

"Eu estava a fazer uma curva e percebi que estava sendo atacado quando os passageiros ficaram agitados e a minha mão começou a sangrar", contou à Lusa um dos condutores, Enoque Matavel. "Não parei porque queria salvar os 37 passageiros" que seguiam abordo, acrescentou.

Os dois veículos e passageiros pernoitaram na povoação de Muxungué, de onde o transporte saiu às 7 horas e foram alvejados pouco depois de terem deixado o troço com escolta militar no distrito de Chibabava, na província de Sofala, perto da linha que a separa de Manica.

Os autocarros tinham saído de Maputo e tinham como destino Quelimane e Nampula.

Em declarações à Lusa, fonte do centro de saúde de Inchope confirmou a entrada e o tratamento de forma ambulatória de cinco pessoas por ferimentos de balas e estilhaços de vidro, que depois seguiram viagens.

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