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União Europeia promove o emprego juvenil na Guiné-Bissau

Joana Rodrigues2 de julho de 2015

“Bo fia bo pudi!” é um projeto de promoção do emprego e de apoio ao empreendedorismo e à formação na Guiné-Bissau. É financiado pela União Europeia e por três outros parceiros, e irá beneficiar 400 jovens.

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Foto: picture-alliance/dpa

A União Europeia (UE) e um conjunto de parceiros lançaram no dia 30 de junho de 2015 um programa que visa diminuir o desemprego juvenil na Guiné-Bissau. O projeto “Bo fia bo pudi!” terá a duração de três anos e irá apoiar 400 jovens na procura de emprego ou na criação do seu próprio negócio.

O objetivo é diminuir o desemprego juvenil, particularmente nas zonas de Bissau e de Cacheu, através do apoio ao empreendedorismo e do fortalecimento da formação profissional.

Piero Valabrega, Encarregado de Programas da Delegação da União Europeia na Guiné-Bissau, explica a importância deste projeto.

“Depois de um período de transição difícil, caraterizado por uma forte instabilidade política e por uma queda económica que teve impactos na vida dos habitantes da Guiné-Bissau, o setor privado está a retomar gradualmente o seu vigor. Por isso, necessita de uma força de trabalho capaz de enfrentar os desafios do crescimento e de fornecer a sua contribuição para o desenvolvimento sócio-económico do país. Assim, uma formação de qualidade e uma profissionalização para os jovens guineenses volta a ser algo de fundamental.”

“Por esses motivos, a União Europeia deu prioridade ao assunto do trabalho dos jovens e financiou o projeto ‘Bo fia, bo pudi!’”, explica Valabrega. “Este projeto tem uma duração de três anos e conta com um financiamento global de cerca de 400 milhões de Francos CFA (cerca de 615 mil euros). Esse financiamento é concedido em 90% pela UE, e o restante pelos parceiros que também executam o projeto: a Congregação dos Josefinos de Murialdo, a Engim e a Mani Tese.”

Guinea Bissau Piero Valabrega
Piero Valabrega, Encarregado de Programas da Delegação da União Europeia na Guiné-BissauFoto: UE

Várias atividades de formação e de apoio

De entre as várias atividades que irão ser levadas a cabo destacam-se: a criação e acompanhamento de novas pequenas empresas, a criação de um espaço de co-working para a partilha de experiências e de ideias, e a criação de um centro de emprego, que será um ponto de referência para jovens à procura de trabalho e de estágios.

O programa, apresentado publicamente em Bissau na terça-feira (30.06), teve uma boa aceitação, diz Piero Valabrega.

“Na apresentação pública deste projeto houve uma grande presença de jovens. A meu ver, a atenção que dedicaram a esta sessão exprime o seu interesse sobre este tipo de iniciativas. Isso é particularmente positivo, pois significa que os jovens se preocupam e querem obter capacidades profissionais, trabalhar e poder dar a sua pequena contribuição para a melhoria e para o desenvolvimento do país”, diz o especialista.

“Construir a paz para as futuras gerações”

“O projeto irá beneficiar 400 jovens entre os 18 e os 35 anos, que ainda não foram escolhidos. Os critérios de seleção serão transparentes e claros. A execução deste projeto, de forma geral, está a cargo dos três parceiros financiadores, e a União Europeia, na sua qualidade de financiador principal, terá um papel de supervisão”, refere Piero Valabrega.

A União Europeia e os parceiros esperam que esta iniciativa contribua para a diminuição do desemprego juvenil e para o desenvolvimento da Guiné-Bissau.

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“O assunto do desemprego, particularmente do desemprego juvenil, é extremamente importante, e a União Europeia quer continuar a ter um enfoque forte nessa matéria. Este programa, conforme as indicações do Governo, irá contribuir para promover o emprego juvenil e lutar contra a pobreza. O desenvolvimento de um setor privado dinâmico e inovador vai ser o motor propulsor do progresso da Guiné-Bissau. O trabalho não é apenas a possibilidade de realizar sonhos e de olhar com confiança para o futuro, mas também de construir a paz para as futuras gerações. Significa ainda estabilidade social, reconhecimento de um papel e de um lugar próprio na comunidade, e significa contribuir para a construção do próprio país", afirma Piero Valabrega.

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