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União Europeia vai tratar Covid-19 com Remdesivir

Lusa | tms
3 de julho de 2020

Comissão Europeia autorizou a comercialização do antiviral Remdesivir, que se torna assim o primeiro medicamento autorizado para tratamento da Covid-19 no bloco europeu.

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Foto: Reuters/A. Abdallah Dalsh

A autorização de Bruxelas, esta sexta-feira (03.07), concedida ao abrigo de um procedimento acelerado e de forma condicional, surge após uma recomendação da Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês).

A 25 de junho, a EMA aprovou o uso do Remdesivir para o tratamento da Covid-19 em adultos e adolescentes a partir dos 12 anos com pneumonia e que requerem oxigénio suplementar. O medicamento já tem sido utilizado em doentes graves em Portugal.

Apontando que "a proteção da saúde pública é uma prioridade fundamental da Comissão", Bruxelas indica que, "como tal, os dados sobre o Remdesivir foram avaliados num período de tempo excecionalmente curto", o que permitiu que a autorização fosse concedida rapidamente no contexto da crise do coronavírus, "no prazo de uma semana após a recomendação da EMA, em comparação com os habituais 67 dias".

Remdesivir, um medicamento promissor contra a Covid-19

"Importante passo"

A comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides, diz que "a autorização de hoje de um primeiro medicamento para tratar a Covid-19 é um importante passo em frente na luta contra este vírus”.

Segundo a comissária, a autorização é dada menos de um mês após o pedido ter sido apresentado, "mostrando claramente a determinação da UE em responder rapidamente sempre que novos tratamentos se tornem disponíveis”.

"Não deixaremos pedra sobre pedra nos nossos esforços para assegurar tratamentos ou vacinas eficazes contra o coronavírus", comentou Stella Kyriakides.

Remdesivir em Portugal

Um dia após a recomendação da Agência Europeia do Medicamento, o Governo português disse esperar que a Comissão Europeia autorizasse já esta semana a utilização do Remdesivir para casos de Covid-19, como veio a suceder, tendo a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, indicado na ocasião que os hospitais ativaram o programa de acesso precoce e têm usado o Remdesivir "para doentes graves".

Na passada quarta-feira (01.07), a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) de Portugal assegurou que "existe 'stock' disponível do medicamento Remdesivir, de acordo com as alocações que têm vindo a ser feitas ao nosso país, constituindo uma primeira reserva que garante o acesso imediato ao medicamento".

Também na quarta-feira, a Comissão Europeia indicou que está a negociar com a empresa produtora a compra e reserva do medicamento Remdesivir, depois das notícias de que os Estados Unidos compraram à empresa Gilead Sciences praticamente toda a reserva para três meses do medicamento, o primeiro aprovado também naquele país para o tratamento de Covid-19.

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