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Zambianos vão às urnas escolher Presidente e deputados

Chrispin Mwakideu / mjp11 de agosto de 2016

Quase 6,6 milhões de eleitores zambianos são hoje chamados às urnas para uma eleição muito renhida. Apesar da campanha por um voto sem violência, temem-se confrontos durante o escrutínio e após o anúncio dos resultados.

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Foto: DW/C.Mwakideu

Na quarta-feira (10.08), os últimos actos de campanha eleitoral dos dois principais partidos políticos trouxeram uma grande carga emocional à capital, Lusaka.

Milhares de apoiantes da Frente Patriótica, o partido no poder, aplaudiram vigorosamente a subida ao palco do Presidente Edgar Chagwa Lungu, que não tardou a atacar o seu principal rival, Hakainde Hichilema, do Partido Unido para o Desenvolvimento Nacional (UPND).

"As eleições vão trazer apenas um vencedor e vários derrotados. Porquê ser o único derrotado a dizer ‘não aceito os resultados, especialmente se perder'?", perguntou o candidato. Lungu referia-se a Hakainde Hichilema, que alegadamente terá afirmado que o seu partido não iria aceitar a derrota, advertindo o Governo contra quaisquer tentativas de fraude.

Os apoiantes da Frente Patriótica de Lungu estão confiantes na vitória do seu candidato. "As hipóteses de uma vitória da Frente Patriótica são muito elevadas Quer a oposição queira quer não, a Frente Patriótica vai vencer com uma vantagem maior do que a esperada", disse

Oposição confiante na vitória

Entretanto, a alguns quilómetros de distância, o UPND realizava também o seu último comício antes das eleições desta quinta-feira (11.08). E também aqui os apoiantes do Partido Unido acreditam numa vitória do partido da oposição.

Sambia Lusaka Wahlen Plakat von Hakainde Hichilema
Cartaz de Hakainde Hichilema, do UPNDFoto: Getty Images/AFP/G. Guercia

"Desta vez, acho que o UPND tem mais hipóteses que a Frente Patriótica. O próximo Presidente deve apostar no emprego para os mais jovens e na educação, um sector completamente lesado pela Frente Patriótica", disse um apoiante.

Outro defensor do UPND considera que o partido "está no lado da vitória porque desde que o Presidente Edgar Lungu assumiu o cargo aumentou o descontentamento e as ilegalidades".

Durante o comício do Partido Unido, instalou-se a confusão quando surgiram relatos não confirmados de que alguns apoiantes do partido no poder estariam a bloquear carros e a impedir a chegada ao acto eleitoral do partido da oposição.

Confrontos durante campanha

Durante a campanha, registaram-se confrontos entre apoiantes dos dois partidos. Michael Gahler, deputado do Parlamento Europeu e membro da missão de observação da União Europeia (UE) na Zâmbia, considera que o processo eleitoral passou por algumas dificuldades, mas poderia ter sido pior.

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"Estive em países com muito mais violência. Houve alguns incidentes e o caso trágico da morte de uma pessoa, mas, no geral, por todo o país, não posso dizer que a campanha tenha sido violenta", declarou o parlamentar europeu.

A Comissão Eleitoral pediu aos zambianos que exerçam o direito de voto de forma pacífica e publicou um guia de conduta eleitoral que prevê a expulsão dos eleitores que mostrem símbolos políticos, usem telemóveis nas urnas ou saiam das assembleias com boletins de voto. Os resultados das eleições presidenciais e legislativas são esperados no próximo domingo (14.08).

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