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PolíticaÁfrica do Sul

África do Sul: Oposição exige milhões desviados da Saúde

Lusa
29 de setembro de 2021

Partidos da oposição instaram o Governo sul-africano a recuperar 8,3 milhões de euros resultantes de fraude e corrupção pública no Ministério da Saúde. Caso envolve ex-ministro e altos funcionários da pasta.

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Ex-ministro da Saúde Zweli Mkhize está entre os apontados no caso de corrupção na África do SulFoto: Phill Magakoe/AFP/Getty Images

O Presidente da República, Cyril Ramaphosa, que é também presidente do Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês), partido no poder desde 1994, autorizou esta quarta-feira (29.09) a divulgação do relatório da Unidade de Investigações Especiais (SIU) à corrupção milionária no Ministério da Saúde sul-africano.

No relatório, apresentado em junho ao chefe de Estado sul-africano, a SIU implica altos funcionários do Ministério da Saúde e o ex-ministro Zweli Mkhize, juntamente com familiares diretos e seus associados, num esquema de corrupção milionário de campanhas de comunicação com verbas para o combate à Covid-19.  

A porta-voz para a área da Saúde do Aliança Democrática (DA, na sila em inglês), Siviwe Gwarube, referiu hoje ao portal News24 que o relatório da investigação da SIU aos contratos irregulares do Ministério da Saúde com a empresa de comunicação Digital Vibes, "descreve um Estado máfia em vez de uma democracia constitucional".

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A responsável do DA instou o atual ministro da Saúde, Joe Phaahla, a "agir imediatamente" contra os implicados no escândalo de corrupção pública.

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Por seu lado, o líder do Movimento Democrático Unido (UDM, na sigla em inglês), Bantu Holomisa, ex-membro do ANC no mandato do ex-Presidente Nelson Mandela, questionou ainda se o atual Governo "irá agir para recuperar o dinheiro roubado e processar os responsáveis".

O deputado do Freedom Front Plus (FF+), Philip van Staden, sublinhou também à imprensa local que as pessoas implicadas "continuam afetas ao ministério a receber os seus salários por completo".

Além do ex-ministro Zweli Mkhize, que se demitiu em 05 de agosto, minutos antes de o Presidente Ramaphosa anunciar uma remodelação governamental após os violentos motins em julho, o relatório da SIU acusa ainda o diretor-geral da Saúde, Sandile Buthelezi, bem como o diretor-geral adjunto, Anban Pillay, e o diretor financeiro do ministério, Ian van der Merwe, segundo os partidos da oposição sul-africana.

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