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Ébola volta a matar na República Democrática do Congo

EFE | AFP | DPA | mjp
5 de agosto de 2018

Ministério da Saúde contabiliza 43 casos de infecção e 33 mortes com sinais de ébola. Novo surto atinge zona de conflito no leste do país, o que pode dificultar o combate à doença, alerta Organização Mundial de Saúde.

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Kongo Behandlungszentrum Ebola in Bikoro
Foto: picture-alliance/AP Photo/J. Bompengo

O novo surto de ébola declarado na República Democrática do Congo (RDC) afeta duas províncias do nordeste do país, Kivu do Norte e Ituri, e, até ao momento, há 13 casos confirmados e três mortes, segundo o Ministério da Saúde.

No total, o Ministério contabiliza 43 casos (13 confirmados e 30 prováveis) e investiga outros 33. As autoridades registaram ainda a morte de 33 pessoas com sinais do vírus.

Os dados já foram confirmados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) que alerta para o facto de o surto atingir uma zona de conflito no leste do país, o que pode dificultar os esforços para travar o vírus. A região afetada, nas províncias de Kivu do Norte e Ituri, acolhe mais de um milhão de deslocados.

A área mais afetada é Mabalako, em Kivu do Norte, mas já há três casos confirmados na cidade de Beni, um dos principais núcleos da província, segundo a última informação do Ministério de Saúde, divulgada ao final da noite de sábado (04.08) e com dados compilados até 3 de agosto.

Em Ituri, na fronteira com Uganda e Sudão do Sul, não há nenhum caso confirmado até agora, mas prováveis e em investigação.

Kongo Mbandaka Ebola
Desinfecção de pessoas e edifícios durante o surto de ébola em maio.Foto: picture-alliance/AP Photo/J. Bompengo

Centenas de possíveis contatos

Segundo a OMS, o caso que alertou as autoridades de saúde foi a morte de uma mulher de 65 anos na cidade de Mangina, enterrada sem as medidas de segurança necessárias e que infectou vários membros da sua família, sete dos quais morreram.

Com o alerta, as autoridades congolesas encontraram casos anteriores a este e até agora foram registados 879 possíveis contatos com a doença.

Foram instalados laboratórios móveis em Beni e outras localidades e espera-se que os primeiros centros de tratamento de ebola sejam abertos em breve em Mangina, Beni e Goma (capital de Kivu do Norte).

Este surto de ébola foi declarado na quarta-feira passada, oito dias depois de o ministro da Saúde, Oly Ilunga, declarar o fim de um surto na província de Equador que fez 33 vítimas mortais desde maio.