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Assassinato de John Lennon completa 40 anos

Publicado 8 de dezembro de 2015Última atualização 8 de dezembro de 2020

No dia 8 de dezembro de 1980, o ex-beatle foi alvejado a tiros diante do edifício Dakota, em Nova York. Levado às pressas para um hospital, o músico inglês morreu ainda na ambulância.

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John Lennon mit Akustik Gitarre
Foto: picture-alliance/KPA/United Archives

Mark David Chapman já esperava há algumas horas diante do edifício Dakota, em frente ao Central Park, em Nova York, onde John Lennon e Yoko Ono moravam. Pouco antes das 23h do dia 8 de dezembro de 1980, Lennon chegou.

O ex-beatle, então com 40 anos, desceu de sua limousine e passou ao lado de Chapman para entrar no edifício. Foi quando o jovem de óculos puxou um revólver e disparou cinco tiros na direção de Lennon. Quatro o acertaram. Era o fim de um ídolo que determinara a vida e o modo de pensar e agir de toda uma geração.

A admiração em todo o mundo pelo compositor e cantor, entretanto, nunca cessou. Pelo contrário. Depois da morte, Lennon foi mitificado, diversas biografias foram escritas e cada detalhe da vida do ex-beatle foi tornada pública.

Distanciamento do público

Estrela do rock, apóstolo da paz, cínico, paranoico, multimilionário: Lennon provocou e viveu com intensidade os seus 40 anos. 

O primeiro compacto dos Beatles, Love me do, foi lançado em 1962. Três anos depois, o fab four já era o até então maior fenômeno do universo pop no século 20. Eles venderam – e vendem até hoje – milhões de discos e se apresentaram diante de milhares de fãs em histeria coletiva. Isso na Europa, nos Estados Unidos, no Japão ou na Austrália.

Lennon era, ao lado de Paul McCartney, o autor das principais músicas dos Beatles, canções que sintetizaram o espírito dos anos 1960. Eles formaram uma das mais bem-sucedidas duplas de compositores da história da música.

A histeria em massa sem precedentes causada pelos Beatles incomodava Lennon, e ele começou a se isolar cada vez mais. O ex-estudante de Artes em Liverpool sonhava com os primeiros anos do grupo, com as primeiras apresentações em Hamburgo, com os primórdios do rock'n' roll.

Ponta de prédio em luz azul
Homenagem do Empire State Building em 2020, quando Lenon faria 80 anos Foto: Evan Agostini/Invision/AP/dpa/picture-alliance

Em 1970, a banda se dissolveu num clima não muito amigável. Lennon estava casado pela segunda vez, com a artista japonesa de vanguarda Yoko Ono. Ambos se engajavam politicamente. O compositor começou a enfocar a paz e a tematizar sua infância triste, a morte prematura da mãe e a ausência do pai.

Em 1975, nasceu o filho Sean, e Lennon, já em Nova York, afastou-se do show business. Ele passou a ser visto empurrando um carrinho de bebê no Central Park, enquanto a esposa administrava a fortuna de 500 milhões de dólares.

Então, no final de 1980, Lennon voltou à cena musical, com o lançamento do disco Double Fantasy, gravado com Yoko. Para 1981, estava marcada uma turnê mundial. 

Chapman, nascido em maio de 1955 no Texas, foi condenado à prisão perpétua pelo crime e cumpre pena na prisão de Attica, no estado americano de Nova York. Onze vezes ele solicitou a liberdade condicional e todas as vezes ela foi negada. A última foi em agosto de 2020.  Cada vez, a viúva, Yoko Ono, se manifestou contra. Chapman pode requerer novamente a liberdade condicional dentro de dois anos, no mínimo. De acordo com reportagens da mídia, Chapman teria lamentado o ato. "Eu não tenho desculpa. Foi para minha própria fama."