1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

30 de junho de 1981

Jens Teschke (rw)

No dia 30 de junho de 1981, o seriado "Dallas" chegava à televisão alemã. A saga da família texana, já conhecida em 64 países por 300 milhões de telespectadores, logo conquistaria os alemães.

https://p.dw.com/p/2Rm1

Boiadas, tropas de cavalos, lindas fazendas, luxo e beleza! Amor, ódio e intrigas! Os ingredientes de um seriado que deu certo.Dallas estreou na Alemanha em 30 de junho de 1981. A série era exibida todas as terças-feiras depois das 21 horas. As cotas mais altas de audiência atingiram 64% na Alemanha. A saga da família Ewing foi acompanhada por 300 milhões de telespectadores em 64 países.

A revista Spiegel comparou o seriado a um curso de darwinismo social pela televisão. Para os pesquisadores da mídia, tratava-se de uma forma moderna da tragédia grega com o mesmo efeito de catarse. Também os alemães vibravam e sentiam-se fascinados com as intrigas e os clichês da riqueza.

Enquanto os intelectuais criticavam, 20 milhões de alemães assistiam ao seriado, mesmo sem o revelar abertamente. A respeitada revista Time certa vez escreveu que a maldade, constante vencedora no seriado, dava aos telespectadores a oportunidade de fugirem das próprias fantasias sujas.

Inovação americana

Por outro lado, como observou um crítico de televisão no The New York Times, seriam necessários três anos de campanha para restituir aos norte-americanos a simpatia destruída num único capítulo de Dallas.

Também nos Estados Unidos, a série foi uma inovação. Tratava-se da combinação de "sessão da tarde" com "novela das oito". E mais: até seu lançamento, quem ganhava sempre era o mocinho. De repente, começaram a dar certo as mentiras, intrigas e trapaças do vilão!

Nem o produtor da série conseguiu justificar seu sucesso em tantos países. A princípio, estavam programados apenas cinco capítulos, que viraram 356. No dia 3 de maio de 1991, "a morte" do vilão J.R. foi o golpe de misericórdia no seriado. A diminuição constante nos níveis de audiência nos Estados Unidos havia sido um claro sinal aos produtores de que estava na hora de acabar com a saga televisiva.