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2017, o ano mais seguro da história da aviação

2 de janeiro de 2018

Não houve acidentes fatais com aviões de passageiros no ano passado, segundo especialistas – mas há novos riscos à segurança. Por outro lado, a pior tragédia da história da aviação foi evitada por muito pouco.

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Consultoria To70 calcula que a taxa de acidentes fatais para grandes voos comerciais é de 1 para cada 16 milhões de voosFoto: Boeing

O ano de 2017 foi o mais seguro já registrado para passageiros aéreos. De acordo dados divulgados por especialistas em aviação nesta terça-feira (02/01), não houve acidentes de aeronaves comerciais em 2017 e, consequentemente, as companhias aéreas não registraram mortes decorrentes de acidentes aéreos.

Dois relatórios independentes – da consultoria holandesa de aviação To70 e da Rede de Segurança da Aviação (ASN) – confirmaram que não houve mortes em voos comerciais de passageiros. "2017 foi o ano mais seguro para a aviação", disse Adrian Young, da consultoria To70, à agência de notícias Reuters.

O presidente da ASN, Harro Ranter, explicou que, desde 1997, "o número médio de acidentes de avião tem mostrado um declínio constante, graças a esforços contínuos de segurança impulsionados por organizações internacionais de aviação como ICAO, IATA, Flight Safety Foundation e a indústria da aviação".

As mortes na aviação em todo o mundo têm caído constantemente nos últimos 20 anos. A ASN reportou que há pouco mais de uma década ocorriam mais de mil mortes a bordo de voos comerciais por ano em todo o mundo. A To70 calculou que a taxa de acidentes fatais para os grandes voos comerciais está agora em 0,06 por milhão de voos – ou um acidente fatal para cada 16 milhões de voos.

Outros riscos permanecem

No entanto, as duas organizações discordaram na contagem de acidentes fatais em 2017, com a To70 contabilizando dois acidentes com mortes em aviões de passageiros, ambos envolvendo pequenas aeronaves de turboélice, enquanto a ASN registrou "dez acidentes fatais, resultando em 44 mortes de ocupantes e 35 pessoas no solo".

A ASN acrescentou, porém, que os acidentes de voos comerciais de carga envolvendo civis também foram incluídos na contagem, enquanto os incidentes aéreos de transporte militar não foram. A organização destacou que mesmo somando dados de acidentes militares, o ano de 2017 seguiria como o ano com o menor número de mortes na história da aviação moderna.

Por outro lado, a To70 enfatizou que acidentes não fatais também continuam sendo uma ameaça e que a indústria da aviação precisa trabalhar para melhorar as estatísticas de falhas em motores e outros incidentes relacionados às turbinas. A To70 também apontou que novos riscos à segurança surgiram ao longo dos anos, como o aumento de incêndios causados por baterias de íon-lítio em aparelhos eletrônicos a bordo.

O momento de maior suspense na aviação em 2017 foi o quase acidente que certamente teria entrado na história como a maior tragédia da aviação. No aeroporto de São Francisco, nos EUA, em 7 de julho, um Airbus da Air Canada conseguiu nos últimos segundos evitar a aterrissagem numa pista onde quatro aviões com centenas de passageiros e tanques cheios aguardavam autorização para decolar.

PV/rtr/ots

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