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43% de mulheres da Alemanha sofreram assédio, 12% dos homens

28 de outubro de 2017

Levantamento recente com mais de 2 mil participantes confirma que abusos são abrangentes também na Alemanha. Parlamento Europeu e de Londres anunciam inquéritos. Denúncias sob hashtag #MeToo se acumulam.

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Homem toca ombro de mulher em local de trabalho
Foto: picture alliance/dpa/K.-D. Gabbert

Encorajadas pelo escândalo em torno do produtor de Hollywood Harvey Weinstein, mulheres de todo o mundo levam a público suas experiências com assédio sexual. Também na Alemanha o problema é difundido: segundo uma pesquisa do instituto YouGov, sob encomenda da agência de notícias DPA, 43% das alemãs já foram sexualmente molestadas ou assediadas.

Entre os homens, a porcentagem é significativamente menor: 12%. Em contrapartida, mais de um sexto dos alemães já teria assediado alguém: 18% dos interrogados admitiu já ter se comportado de maneira que a outra pessoa "poderia ter percebido como inapropriada ou sexualmente coerciva".

Na sondagem realizada no fim de outubro foi consultado um total de 2.056 participantes. Em outro levantamento realizado com 2.388 em meados do mês, o YouGov já registrara resultados semelhantes. Dele consta que a forma mais comum de assédio seria por toques físicos (cerca de 28% dos casos), seguida por comentários lascivos.

Onda de denúncias dos EUA à UE

O Parlamento Europeu anunciou que encarregará especialistas externos de conduzir uma investigação sobre o assédio sexual em suas alas. Colaboradores dos órgãos legislativos do Reino Unido e da Suécia igualmente divulgaram atos do gênero.

Depois das revelações, na sexta-feira a primeira-ministra britânica, Theresa May, conclamou as mulheres a denunciarem assédios no Parlamento de Londres. "Todas as acusações serão levadas a sério", declarou um porta-voz do governo.

Sob o hashtag #MeToo, nas últimas semanas numerosas mulheres têm demonstrado online quão abrangente o problema é, entre elas diversas estrelas de cinema e outros meios. Alguns homens também já admitiram ter praticado avanços.

O estopim da onda de denúncias foi a revelação de que o influente produtor cinematográfico Harvey Weinstein teria praticado assédios sexuais contra mulheres por mais de três décadas. Entre as acusadoras estão as atrizes de primeiro escalão Gwyneth Paltrow e Angelina Jolie. Pelo menos seis outras o acusam de estupro. Em Nova York e no Reino Unido o caso já está sendo investigado, e contam-se com novas denúncias.

AV/afp,dpa