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Aécio aposta na mudança e foca na economia

Ericka de Sá, de Brasília7 de julho de 2014

Um dos desafios da campanha é conquistar o Nordeste, onde a maioria do eleitorado expressa preferência pelo PT. Pesquisas dão a ele o segundo lugar, com 20% dos votos.

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Foto: Evaristo Sa/AFP/Getty Images

Com o fim do prazo para convenções, o período de campanha nas ruas e na internet aproxima-se, já que a propaganda é permitida desde domingo (07/07). O mineiro Aécio Neves, candidato à presidência pelo PSDB, promete fazer uma caminhada "propositiva", ao lado das "figuras mais qualificadas de absolutamente todas as áreas". A promessa do partido é de uma mudança "corajosa e segura", com foco na economia.

Durante as recentes celebrações de 20 anos do Plano Real, Aécio culpou o governo federal por ter "retrocedido no controle da inflação e na recuperação da credibilidade do país", aspectos que, segundo ele, haviam sido resolvidos com a moeda. "Uma agenda que julgávamos ultrapassada, da estabilidade e da credibilidade, volta a ser a agenda do nosso cotidiano", disse, em discurso no Senado.

A coligação tem como maior aliado o Democratas, liderado por José Agripino, do Rio Grande do Norte, além de outros seis partidos: Solidariedade, PTB, PTC, PTN, PEN, PMN e PTdoB. Mesmo com essas parcerias, a candidatura de Aécio deve ter entre metade e um terço do tempo a ser utilizado na TV pela maior rival, a presidente Dilma Rousseff (PT).

Entre os desafios da candidatura tucana está a conquista do Nordeste, onde a maioria do eleitorado tem preferido o PT. No último mês, o candidato cumpriu agenda em vários estados nordestinos, incluindo Pernambuco, reduto do também candidato Eduardo Campos (PSB).

Projeções indicam segundo turno

Em pesquisa divulgada na semana passada pelo Datafolha, Aécio oscilou de 19% para 20% na preferência dos eleitores em um mês. O resultado o mantém em segundo lugar, com margem suficiente para forçar um segundo turno, já que Campos aparece com 9%.

Na última pesquisa do Ibope, divulgada em meados de junho, Aécio apareceu com 21% das intenções de voto, oito pontos acima dos 13% registrados pelo instituto em março. Dilma tem se mantido estável, entre 39% e 40%, enquanto Campos passou de 6% a 10% nesse mesmo período.

Vice de última hora

Depois de meses de incerteza e especulações, Aécio anunciou nesta semana quem estará ao seu lado durante a campanha: Aloysio Nunes, senador por São Paulo e veterano da política.

Natural de São José do Rio Preto (SP), Aloysio foi exilado durante a ditadura e, ao voltar, participou da fundação do PMDB. Foi para o PSDB em 1997, e hoje ocupa o cargo de senador, após ser eleito com mais de 11 milhões de votos nas últimas eleições.

A força política em São Paulo deve ser uma das maiores contribuições que Aloysio dará à candidatura de Aécio. Segundo uma pesquisa do Datafolha divulgada no último mês, no estado de São Paulo – maior colégio eleitoral do país – Dilma e Aécio dividiriam os votos de maneira equilibrada.

Diretrizes da campanha

Ainda no final do ano passado, o PSDB lançou as diretrizes da campanha num documento intitulado Para mudar o Brasil. Confiança, cidadania e prosperidade são os três eixos principais apontados pelo partido. O documento acusa o governo Dilma de ter fracassado na condução da economia e fala em herança maldita para sucessor.

"O programa de governo não é uma obra que se começa e se encerra num dia, é uma discussão permanente. Mas, seguramente, durante o processo eleitoral vai ficar claro o que o PSDB pensa sobre cada um dos aspectos que são responsabilidade do governo", argumentou Aécio sobre o programa de governo tucano.