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A carteira Roswitha Sesterhenn, de Münstermaifeld

1 de julho de 2010

Roswitha Sesterhenn, de 50 anos, viaja muito. A carteira entrega a correspondência para as pessoas de sua cidade natal. Ela se descreve como uma pessoa caseira, para quem a família é muito importante.

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Roswitha acorda à 4h20 da manhã

Enquanto a maioria das pessoas ainda está dormindo, o dia de Roswitha Sesterhenn já começou. O despertador toca às 4h20. Tomar um banho rápido, beber um café, embrulhar alguma coisa para comer – e ela já está pronta. Roswitha não precisa quebrar a cabeça com o que vai vestir– graças ao uniforme!

No mais tardar às 5h30, Roswitha sai de casa. Ela mora em Keldung – um lugarejo de 231 habitantes, parte do município de Münstermailfeld. Roswitha nasceu e cresceu na região montanhosa do Eifel, e de lá nunca quis sair. Ela se define com uma típica "menina do interior".

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O Volkswagen usado para a distribuição de correspondênciaFoto: DW

Chefe e muito mais

Ela percorre 16km de carro para chegar ao seu local de trabalho: a central de entregas da agência dos correios em Kobern-Gondorf, um lugar idílico de vinhedos na região do Mosela. Roswitha é a chefe de equipe.

Ela é responsável, acima de tudo, pela organização: delegar trabalho aos carteiros, que por sua vez, vão distribuir a correspondência. O centro de entregas atende 23 localidades. Ao todo, trabalham 40 pessoas neste centro. Para exercer essa função, é preciso ter força e ser resistente ao estresse – e ter uma boa visão geral da situação.

Seus colegas descrevem Roswitha como uma pessoa "gente boa". Eles se dão bem com ela. Talvez porque Roswitha tem somente a função de chefe no ínicio da manhã.

A partir das 9h, ela passa a entregar a correspondência, como os demais carteiros. Mas antes, Roswitha carrega caixas, separa as correspondências, empilha pacotes e coloca as cartas no carro de entregas.

O carro é um Volkswagen – um Caddy – amarelo, cor dos correios na Alemanha. Ela dirige sem medo pelas ruas íngremes e estreitas, típicas dos vilarejos da região do Mosela. Roswitha quer chegar o mais perto possível das casas, para não precisar andar muito a pé. Mesmo assim, no final do dia, terá caminhado bastante.

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Como chefe, Roswitha também cuida da organizaçãoFoto: DW

Avó de primeira viagem

Às 14h, Roswitha volta para casa e descansa por uma hora. No final da tarde, ela prepara um lanche para ela e o marido Tony. Ele trabalha no jornal alemão Rheinzeitung como consultor de mídia. Além disso, é ele quem treina o time de futebol local.

A carteira não gosta de cozinhar. O marido, no entanto, garante que ela cozinha bem. Roswitha prefere ler – de preferência, romances históricos – ou conversar ao telefone com sua irmã, que vive a 100km de distância.

Desde que a mãe morreu, Roswitha liga com frequência para a irmã. A carteira cuidou da mãe doente por muito tempo. Há quatro semanas, Roswitha recebeu uma nova função: ela se tornou avó. O neto mora perto. Thomas, filho de Roswitha, mora com a mulher em um vilarejo vizinho.

Autora: Yuliya Siatkova (aj)
Revisão: Bettina Riffel