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A vendedora Marina Paul, de Weiterstadt

26 de abril de 2010

Marina Paul nasceu na Rússia e descende de imigrantes alemães. Ela está na Alemanha há seis anos e trabalha como vendedora numa loja de sapatos numa pequena cidade de Hessen: é o emprego que ela sempre quis ter.

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A vendedora Marina Paul, de 29 anos, gosta de calma e tranquilidade. Por isso ela prefere acordar um pouco mais cedo de manhã, para poder começar o dia sem correria.

O dia começa ainda melhor com música e chá. Nos dois casos ela tem suas preferências: música latina e chá preto earl grey. "Não gosto de café, mas preciso de um chá. É o meu ritual. Não saio de casa sem tomar meu chá", conta a moradora de Weiterstadt, no estado de Hessen.

Marina mudou-se da Rússia para a Alemanha há cerca de seis anos e meio. Primeiro ela foi para o norte da Alemanha, onde morava o irmão. "Fui para Bremen. Depois de cinco anos mudei-me para a Baviera por causa de um emprego. Aí conheci meu namorado e vim morar com ele em Hessen".

Origens russas

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Diante da loja de sapatosFoto: DW

A teuto-russa Marina nasceu na cidade de Saratov, que fica nas proximidades de Wolgograd, para onde muitos alemães emigraram no século 18. "Meu pai é alemão, ou seja, um alemão que nasceu na Rússia, e a minha mãe é russa", conta a jovem de longos cabelos dourados.

Em Saratov, às margens do rio Volga, Marina viveu os primeiros anos de sua vida, ao lado do irmão mais velho. Foi também em Saratov que ela estudou turismo. Hoje ela espera que os pais venham um dia morar com ela ou com o irmão na Alemanha.

"Sempre quis ser vendedora"

Marina trabalha no Loop 5, um shopping center que abriu suas portas em outubro de 2009 em Weiterstadt, cidade da região de Darmstadt. Um dos 175 estabelecimentos do local é a loja de sapatos na qual Marina trabalha como vendedora.

São prateleiras e mais prateleiras repletas de botas de variadas cores. Os calçados de boa qualidade atraem a freguesia feminina à loja. A música que toca ao fundo é de bom gosto, e o jogo de luzes num chafariz de cristal ajuda a criar uma atmosfera agradável, que torne mais fácil para os clientes abrir a carteira.

Parada ao lado do caixa, Marina sorri para as pessoas que entram na loja. Ela coloca um par de sapatos numa caixa e conversa com a cliente. A loira russa afirma gostar desse trabalho, principalmente do contato com os clientes. "Sempre quis ser vendedora".

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Ao lado do namoradoFoto: DW

Quando termina o horário de trabalho, às 16h, Marina pega o carro e vai para casa. A viagem dura meia hora, e ela se diz satisfeita por não ter de andar de ônibus, já que assim levaria mais tempo.

Casa sem televisão

Marina e o namorado alemão se mudaram há pouco tempo. Por todos os lados da casa ainda estão as caixas de mudança. "Todo o dia preciso desempacotar coisas e arrumar um pouco a casa. Não vejo a hora de colocar todas essas caixas no sótão e ter mais espaço", desabafa.

Quando não está desempacotando a mudança, Marina gosta de ler e aprender novas línguas. Televisão é algo que não tem lugar na casa de Marina: ela nunca quis ter um televisor. "Gosto de histórias, mas de histórias reais. Não gosto de fantasia".

Por coincidência, alguns dos antepassados de Marina que emigraram para a Rússia vieram de Hessen. "Talvez por isso eu tenha voltado para cá", diz, pensativa. Sobre a sua identidade, Marina diz não ter preferência entre ser alemã ou russa. "Sou ambas. É maravilhoso ter duas mentalidades. Acho que isso é realmente um presente, e fico muito feliz por ser assim".

Autora: Genevieve Baer (as)
Revisão: Bettina Riffel