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Adidas vai encerrar patrocínio do atletismo

25 de janeiro de 2016

Recentes escândalos de corrupção e doping levam uma das maiores patrocinadoras do esporte a romper seu contrato com a Associação Internacional de Federações de Atletismo, afirma a BBC.

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Foto: picture alliance/dpa/B. Thissen

Diante da notícia de que vai encerrar seu patrocínio do atletismo, a empresa alemã Adidas afirmou nesta segunda-feira (25/01) que está em contato próximo com autoridades governamentais e com a Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF).

A Adidas afirmou ter uma clara política antidoping e que está em contato com a IAAF para ter maior conhecimento sobre o processo de reforma da associação. A IAAF acrescentou ainda que todos os patrocinadores e parceiros estão envolvidos nesse processo.

Uma reportagem da emissora britânica BBC afirmou neste domingo que a Adidas estaria encerrando quase quatro anos antes um contrato de patrocínio de 11 anos com a IAAF devido aos recentes escândalos de corrupção e doping na instituição.

Segundo a BBC, as revelações do esquema de corrupção e do doping sistemático de atletas russos foram o estopim para a decisão da empresa, que é uma das maiores patrocinadoras do atletismo. A Adidas considera essas práticas uma quebra de contrato por parte da associação.

Em 2008, a Adidas assinou com a IAAF um contrato válido até 2019. Na época, o valor divulgado foi de 33 milhões de dólares, mas a BBC afirma que, apenas em 2016, o contrato envolveria 8 milhões de dólares. Assim, a rescisão implicaria perdas de cerca de 30 milhões de dólares à IAAF.

Esquema interno

Em meados de janeiro, a Agência Mundial Antidoping (Wada) acusou a IAAF de ter fracassado no combate à corrupção no atletismo. De acordo com um relatório da instituição, chefes da associação encobriam os resultados dos exames de doping depois de extorquir atletas, que continuavam a competir irregularmente.

O principal responsável por esse esquema seria o ex-presidente da IAAF Lamine Diack. O relatório acusa o senegalês de ter transformado a associação em seu feudo pessoal durante os 16 anos em que esteve no cargo. Vários dirigentes da IAAF sabiam do esquema e foram coniventes com a situação.

Além disso, a Wada concluiu ainda que Diack retirou apoio à candidatura da Turquia aos Jogos Olímpicos de 2020 por o país não ter aceitado transferir uma quantia de "4 a 5 milhões de dólares" para patrocinar a Diamond League, competição promovida pela IAAF. Segundo a investigação, o Japão pagou a quantia e, mais tarde, Tóquio foi escolhida para sediar os Jogos.

Em novembro, a IAAF suspendeu provisoriamente, por um período indeterminado, a Federação Russa de Atletismo (ARAF), devido à acusação de dopings sistemáticos.

CN/ap/rtr/afp