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Alemão retido há 3 meses em aeroporto de SP será repatriado

25 de março de 2017

Retido na capital paulista depois de perder um voo de conexão, homem com problemas psíquicos se alimentava do lixo e passou a molestar mulheres no aeroporto. Dois policiais alemães o acompanharão de volta a casa.

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Homem estava há três meses confinado ao Aeroporto de Guarulhos
Homem estava há três meses confinado ao Aeroporto de GuarulhosFoto: picture-alliance/dpa/EPA/S. Moreira

Um alemão não identificado de 44 anos será finalmente enviado de volta a seu país neste domingo (26/03), após ter passado três meses retido no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Segundo porta-voz da Polícia Civil, ele tem problemas psíquicos e há algum tempo não toma medicação.

O homem não pôde deixar o Brasil em dezembro de 2016, depois de perder seu voo de conexão para Nova York, de onde seguiria para Frankfurt. Sem dinheiro para comprar uma nova passagem, passou a viver na área acessível ao público, próximo aos guichês de check-in, em parte alimentando-se de restos de comida do lixo.

Além disso, começou a molestar mulheres que circulavam no aeroporto. O vídeo de uma das câmeras de vigilância o mostra se levantando subitamente, indo em direção a uma transeunte que tecla no telefone e ameaçando agredi-la com ambas as mãos. De outra vez atacou um homem musculoso, de quase dois metros de altura, que acabava de entrar no prédio com uma acompanhante.

A Ministério alemão do Exterior declarou que o Consulado Geral da Alemanha na capital paulista está em contato estreito com o viajante perdido e com as autoridades brasileiras responsáveis. Segundo estas, ele se encontra na delegacia do aeroporto, para evitar novas agressões, e será acompanhado por dois policiais alemães em seu voo para Frankfurt.

O caso lembra o filme de 2004 O terminal, de Steven Spielberg. Nele, Tom Hanks representa um passageiro que fica retido no aeroporto de Nova York quando seu país entra em guerra civil, não é mais reconhecido internacionalmente e, da noite para o dia, ele se transforma em apátrida. Na prática, são incomuns os casos de passageiros retidos num país estranho por tanto tempo.

AV/dpa