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Alemanha amplia indenização a sobreviventes do Holocausto

30 de maio de 2013

Em negociações com representantes judaicos, governo alemão decidiu repassar mais 800 milhões de euros a sobreviventes da perseguição nazista. A quantia é destinada principalmente à assistência aos idosos.

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Foto: picture alliance/APA/picturedesk.com

A Alemanha disponibilizou mais 800 milhões de euros para a indenização de sobreviventes do Holocausto. O dinheiro será repassado entre 2014 e 2017, informou a Jewish Claim Conference (JCC) que defende os direitos dos sobreviventes da perseguição nazista. A quantia beneficiará 56 mil pessoas que vivem em 46 países.

A ajuda financeira é destinada para despesas sociais, médicas e de alimentação. O aumento da contribuição do governo alemão possibilitará que outras 90 mil pessoas possam participar de programas sociais e recebam um auxílio transporte. O Ministério das Finanças alemão e a JCC chegaram a um acordo sobre o aumento do valor após longas negociações.

Dessa forma, a Alemanha se empenha para cumprir suas obrigações históricas com as vítimas do Holocausto, ressalta o chefe das negociações, Stuart Eizenstat, ex-embaixador dos Estados Unidos. Para Eizenstat a resposta positiva do governo alemão impressiona, perante a atual política do país de contenção de gastos.

O dinheiro assegura que os sobreviventes do Holocausto vivam seus últimos anos com dignidade, reforça Eizenstat. O presidente da Central dos Judeus na Alemanha, Dieter Graumann, elogiou a decisão. O acordo é um investimento concreto em direitos humanos, afirmou Graumann ao jornal Jüdische Allgemeine. Segundo ele, muitos dos sobreviventes vivem na pobreza e dependem diretamente dessa indenização.

Segundo a JCC, o acordo com a Alemanha prevê a mudança dos critérios para o pagamento das indenizações. Cerca de 2 a 3 mil sobreviventes do Holocausto que vivem nos chamados guetos no leste europeu poderão reivindicar uma pensão a partir de 2014. Isso custará de 7 a 11 milhões de euros.

Esses guetos, como em Chernivtsi na Ucrânia ou em muitas regiões da Bulgária, não haviam sido cercados e isolados na época do nazismo. Mesmo assim, seus moradores precisavam usar a Estrela de Davi, eram vigiados e tinham os mantimentos racionados.

Em 1952, a Alemanha se prontificou a indenizar as vítimas do regime nazista. Esse valor é negociado regularmente com a JCC e outras organizações judaicas. Segundo estatística do governo alemão, 500 mil sobreviventes do Holocausto vivem em todo o mundo.

Segundo a JCC, desde a década de 1950, a Alemanha já destinou cerca de 70 bilhões de euros às indenizações.

CN/dpa/afp/rtr