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História

Alemanha e França querem ajudar a restaurar Museu Nacional

5 de setembro de 2018

Após incêndio, Macron afirma que vai enviar especialistas franceses ao Rio para contribuir para a reconstrução do prédio e do acervo. Berlim lamenta "perda imensurável" e diz estar em contato com autoridades brasileiras.

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Museu Nacional, no Rio
Com 20 milhões de peças e documentos, museu abrigava parte importante da história científica da humanidadeFoto: Getty Images/B. Mendes

Os governos da Alemanha e da França anunciaram esforços para contribuir para a recuperação do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, após o incêndio que destruiu grande parte de seu acervo – obras essas que contavam uma parcela importante da história antropológica e científica da humanidade.

Nesta terça-feira (04/09) em Berlim, a secretária de Cultura do Ministério do Exterior alemão, Michelle Müntefering, afirmou que seu escritório já está em contato com autoridades brasileiras e com a diretoria do museu para "ajudá-los a lidar com essa catástrofe".

Müntefering também declarou que os alemães planejam auxiliar o Rio de Janeiro na "recuperação, proteção e restauração de documentos e artefatos" que pertenciam ao Museu Nacional e foram alvo das chamas no último domingo.

"A destruição do acervo único do museu é uma perda e um prejuízo imensurável ao Brasil e a todo o mundo", afirmou a secretária de Estado.

Um dia antes, o presidente da França, Emmanuel Macron, já havia oferecido a ajuda de especialistas franceses em arte para contribuir para a reconstrução do Museu Nacional – o mais antigo do Brasil e, até então, o quinto maior do mundo em acervo.

"O incêndio no museu do Rio é uma tragédia. É a história e uma importante memória reduzidas a cinzas. A França vai colocar seus especialistas a serviço do povo brasileiro para contribuir para a reconstrução", afirmou Macron no Twitter.

A ministra da Cultura da França, Françoise Nyssen, detalhou em comunicado que ofereceu ao embaixador brasileiro em Paris "todo o conhecimento dos agentes do Ministério da Cultura em aspectos de museografia, conservação e gestão de coleções e arquivos".

Ela disse ainda que "as equipes dos museus franceses estão à inteira disposição das equipes brasileiras, em coordenação com os serviços da Embaixada da França no Brasil".

Segundo o Ministério da Cultura francês, o incêndio significa, "tanto para o Brasil como para os pesquisadores de todo o mundo, o maior desastre para o conhecimento da história" do país latino-americano e para a compreensão de sua "diversidade cultural e natural".

"Todos os arquivos científicos foram destruídos, sendo alguns de interesse patrimonial e científico de grande importância, como o fóssil de Luzia, o mais antigo hominídeo descoberto no Brasil em 1974 graças a uma equipe franco-brasileira", afirmou o ministério em nota.

O incêndio no Museu Nacional, localizado no palácio que abrigou tanto a família real portuguesa quanto a brasileira, começou na noite de domingo por circunstâncias ainda não esclarecidas. Seu acervo sofreu danos ainda incalculáveis, mas se sabe que boa parte foi destruída.

Com 200 anos de existência recém-completados, o museu é administrado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) desde 1946. O edifício principal, o acervo arqueológico e nove pergaminhos judaicos que faziam parte da coleção são tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

EK/dpa/efe/epd

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