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Alemanha e Holanda fazem duelo de rivais

(rw)16 de agosto de 2005

Seleções de futebol dos dois países vizinhos enfrentam-se em amistoso em Roterdã, preparatório para o Mundial do ano que vem. Klinsmann poupa Podolski e Schweinsteiger, e evita encontros entre goleiros Kahn e Lehmann.

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Vitória alemã na final da Copa de 1974 deu início à rivalidadeFoto: AP

Da mesma forma como entre Brasil e Argentina, a tradicional rivalidade entre alemães e holandeses esquenta ainda mais quando as equipes se enfrentam num campo de futebol. Nesta quarta-feira (17/08), a cidade holandesa de Roterdã será palco de mais um confronto entre ambos, praticamente na reta final para o Campeonato Mundial de Futebol, em julho do próximo ano, na Alemanha.

A diferença é que os alemães, classificados automaticamente por serem anfitriões, dependem mais deste tipo de "treino" do que os holandeses, que ainda participam da briga pela vaga na Copa. Atualmente, lideram o Grupo 1 da Europa nas eliminatórias, seguidos de perto pelos tchecos. Sua última partida foi em junho, quando derrotaram a Finlândia por 4 a 0.

Os alemães vêm de um terceiro lugar conquistado na Copa das Confederações, disputada em casa em junho (quem não se recorda da vitória brasileira de 4 a 1 sobre os argentinos na final?).

Ataque definido

O técnico alemão, Jürgen Klinsmann, surpreendeu ao anunciar a lista dos convocados para a partida, na semana passada. As jovens estrelas Podolski (20 anos) e Schweinsteiger (21) desta vez ficaram de fora do plantel, dando a vez para a "velha guarda", ou seja, Hamann (33), Wörns (33), Neuville (32) e Klose (27), que retorna de lesão.

Klinsmann explica: "Podolski e Schweinsteiger estão sendo poupados para que trabalhem mais seu condicionamento físico. Reafirmo aqui que o ataque está definido, com Kuranyi, Asamoah, Klose e Podolski, por isso, Hanke, Brdaric e Neuville têm que mostrar serviço".

Kahn e Lehman se revezam no gol

No plantel convocado para enfrentar a Holanda falta também o goleiro Lehman, do Chelsea. Embora conteste que seja por causa da rivalidade entre Kahn e Lehmann (demonstrada ainda recentemente, durante a Copa das Confederações), Klinsmann decidiu que ambos não jogarão mais juntos até o final do ano. Kahn jogará nesta quarta-feira contra a Holanda, contra a Turquia (8 de outubro) e contra a China (12 de outubro).

Já Lehmann está escalado para as partidas contra a Eslováquia (3 de setembro), África do Sul (7 de setembro) e França (prevista para 12 de novembro). No banco, em todos os jogos, deve ficar Hildebrand (do Stuttgart). Os jogadores envolvidos não comentam a escalação, mas a estratégia é criticada por Ottmar Hitzfeld (ex-técnico do Bayern de Munique): "Sempre tive outra filosofia. Um goleiro precisa do apoio total, de toda a confiança de um treinador".

Klinsmann contesta também o argumento de que essa rotação prejudica a estratégia da defesa. "Em primeiro lugar, a defesa vai se entrosar apenas algumas semanas antes do Mundial. Em segundo lugar, há uma concorrência tão grande pelas posições que me pergunto: que defesa?"

A história da rivalidade teuto-holandesa

A rivalidade entre as duas seleções começou em 1974, quando a Alemanha conquistou o título mundial contra a Holanda em Munique, por 2 a 1. Foi uma derrota que os holandeses, na época considerados os melhores do mundo, nunca conseguiram superar.

Catorze anos mais tarde, veio a primeira revanche. Marco van Basten, hoje técnico dos holandeses, marcou o gol da vitória de 2 a 1 na semifinal da Eurocopa de 1988. Nas oitavas-de-final da Copa de 1990, na Itália, a Alemanha venceu por 2 a 1 a lendária partida em que o holandês Frank Rijkaard cuspiu em Rudi Völler e passou a ser chamado pelos alemães de lhama. Ambos mais tarde tornaram-se treinadores de suas seleções e se reconciliaram publicamente.

Fußball: Niederlande - Deutschland 0:1 in Rotterdam
Klinsmann como jogador da seleção alemã na vitória alemã por 1 a 0 contra a Holanda em 1996Foto: dpa

A maior goleada foi conseguida pelos alemães em 1959: 7 a 0 em Colônia. Já a última vitória alemã contra a seleção laranja está distante. Foi em 24 de abril de 1996, quando o hoje técnico Klinsmann marcou o único gol do jogo. O último encontro entre as duas equipes foi em junho do ano passado, na Eurocopa em Portugal: 1 a 1.

O que diferencia as duas equipes é a mentalidade em campo: enquanto os holandeses prezam o futebol bonito, a estratégia dos alemães é lutar até o último minuto de jogo. Dos 36 confrontos desde 1910, a Alemanha venceu 13 e empatou outros 13. O saldo de gols é de 70 a 61 para a Alemanha.

HOLANDA x ALEMANHA (escalações previstas)

Data: 17/08/2005

Local: Estádio de Roterdã

Horário: 20h30 (15h30 de Brasília)

Árbitro: Terje Hauge (Noruega)

Holanda

Van der Sar − Kromkamp, Boulahrouz, Opdam, De Cler − Landzaat, Maduro, Cocu − Kuijt, Van Nistelrooy, Robben

Técnico: Marco van Basten

Alemanha

Kahn − Friedrich, Mertesacker, Wörns, Hitzlsperger − Schneider, Hamann, Frings − Ballack, Klose, Kuranyi

Técnico: Jürgen Klinsmann