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Alemanha frustrou atentado do "Estado Islâmico" em 2016

18 de outubro de 2018

Inteligência alemã desmantelou plano de ataque terrorista que teria como possível alvo um festival de música. Casal alemão que viajou à Síria é acusado de recrutar alemãs para se casarem com jihadistas.

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Brasão do Departamento de Proteção à Constituição da Alemanha na manga de uma camisa de um oficial alemão
Departamento de Proteção à Constituição da Alemanha (BfV) foi alertado por informante sobre plano de atentadoFoto: picture-alliance/ dpa

Os serviços de inteligência da Alemanha frustraram um ataque terrorista em 2016 planejado pelo grupo terrorista "Estado Islâmico" (EI). Detalhes surgiram após uma investigação conjunta feita pelas emissoras públicas alemãs ARD e WDR e os jornais Süddeutsche Zeitung e Die Zeit.

O caso foi confirmado pela Procuradoria Geral da República. "Soubemos do plano de ataque, então fomos capazes de iniciar um processo criminal em outubro de 2016", disse o procurador-geral Peter Frank à ARD. "Para nós, os fatos do caso eram muito concretos e também credíveis." 

O plano era que três equipes de terroristas do "Estado Islâmico" viajassem à Alemanha em 2016 para preparar e realizar um atentado. O alvo possivelmente era um festival de música.

Um casal alemão, Oguz G. e Marcia M., que viajou à Síria na segunda metade de 2015 para se juntar ao EI, teve um papel central no planejamento. A partir da então base do "Estado Islâmico", a cidade síria de Raqqa, Marcia M. – convertida ao islã – tentava recrutar mulheres do norte alemão para se casarem com membros do EI, os quais, dessa forma, obteriam permissão para entrar na Alemanha.

Uma das mulheres contatadas por Marcia M. era uma informante do serviço de inteligência interno da Alemanha, o Departamento de Proteção à Constituição da Alemanha (BfV), que alertou as autoridades.

Os planos terroristas foram frustrados não só pelos resultados da investigação, mas também como decorrência da expulsão de jihadistas do EI de áreas que antes ocupavam. O jornal Die Zeit noticiou que o casal Oguz G. e Marcia M. entregou-se às autoridades curdas em outubro de 2017. Desde então, eles estão sendo mantidos em detenção no norte da Síria.

Repórteres locais entrevistaram Oguz G. na prisão. Segundo relatos, ele vem da cidade alemã de Hildesheim, localizada na Baixa Saxônia. Ele alegou ter se envolvido no plano de ataque acidentalmente e que tentou sair da situação assim que tomou conhecimento.

Acredita-se que a trama de um ataque terrorista na Alemanha tenha sido iniciada por um membro do alto escalão do "Estado Islâmico" com o nome de combate Abu Mussab al-Almani. Possivelmente, ele era o radical islâmico suíço Thomas C., que morreu num combate na Síria.

PV/dpa/afp

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