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Após longa negociação

Agências (sm)16 de julho de 2008

Após meses de negociação sob intermédio alemão, Israel e o grupo extremista islâmico libanês Hisbolá fazem troca de prisioneiros e restos mortais de soldados e combatentes.

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Troca inclui restos mortais de dois soldados israelenses, cujo seqüestro desencadeou guerra há dois anosFoto: AP

Após o presidente israelense, Shimon Peres, ter indultado o mais conhecido prisioneiro libanês em Israel, selou-se mais uma troca de prisioneiros com o Hisbolá, grupo radical xiita do Líbano. A operação intermediada pela Alemanha deverá ocorrer ao longo desta quarta-feira (16/07).

Peres se referiu a uma decisão difícil e dolorosa. O indulto a Samir Kantar não significa perdão. Kantar fora condenado a prisão perpétua por causa de um atentado cometido em 1979.

Na época, o ato de terror provocara a morte de cinco israelenses, entre os quais duas crianças. Kantar foi acusado de ter assassinado um policial, um outro homem e sua filha de quatro anos durante um assalto à cidade de Nahariya, no norte de Israel.

Mortos os soldados seqüestrados em 2006

Segundo o plano de troca de prisioneiros acertado por intermédio alemão, Israel liberta cinco prisioneiros libaneses.

Em contrapartida, o Hisbolá entrega os restos mortais de dois soldados israelenses seqüestrados na fronteira entre os dois países em 2006. Na época, o ocorrido havia provocado uma guerra de um mês entre Israel e o Hisbolá.

Além disso, Israel pretende entregar os restos mortais de 200 árabes e o Hisbolá o corpo dos soldados israelenses mortos na Guerra do Líbano.

Até pouco antes do início da troca de prisioneiros, não se sabia com certeza se os dois soldados israelenses seqüestrados há dois anos, Ehud Goldwasser e Eldad Regev, seriam entregues vivos ou mortos. Embora as autoridades israelenses contassem apenas com os restos mortais, as imagens dos caixões provocou um choque nos familiares dos soldados assassinados.

Diversas trocas sob intermédio alemão

A troca de prisioneiros e restos mortais com o Hisbolá, intermediada por um agente secreto alemão, foi considerada bem-sucedida pelo governo em Berlim. Não só do ponto de vista político, mas também humanitário, a iniciativa teria sido fundamental. O papel da Alemanha como mediadora só continua sendo viável graças ao prestígio que o Serviço Federal de Informações (BND) tem no Oriente Médio, destacou o governo em Berlim.

Quanto ao piloto israelense Ron Arad, desaparecido no Líbano desde 1986, e do soldado israelense Gilad Schalit, seqüestrado pelo Hamas, o Ministério alemão do Exterior declarou que os casos não estão encerrados. Berlim continuará se empenhando pelo esclarecimento do paradeiro de ambos.

Esta não é a primeira vez que a Alemanha serve de mediadora para operações desse tipo. O governo alemão sempre atendeu pedidos para ajudar Israel no esclarecimento do destino de desaparecidos.

De 1996 a 2007, a Alemanha mediou quatro negociações de troca de prisioneiros e entrega de restos mortais no Oriente Médio. Com a ajuda do BND, o governo alemão deverá continuar cumprindo essa função no futuro.

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