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"Alemanha precisa esclarecer papel na ditadura argentina"

3 de junho de 2016

Em Buenos Aires, ministro alemão do Exterior se reúne com familiares de vítimas do regime militar e presta homenagens aos mortos. Cerca de 30 mil pessoas foram assassinadas na Argentina entre 1976 e 1983.

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Em Buenos Aires, Steinmeier homenageou vítimas da ditadura
Em Buenos Aires, Steinmeier homenageou vítimas da ditaduraFoto: Getty Images/J.Mabromata

O ministro alemão do Exterior, Frank-Walter Steinmeier, afirmou nesta sexta-feira (03/06) que a Alemanha precisa esclarecer seu papel no destino de vítimas da ditadura militar na Argentina.

"Há muito a se dizer ainda sobre análises retrospectivas. Esses casos precisam ser examinados intensivamente", disse Steinmeier, durante a visita ao Parque da Memória, em Buenos Aires.

Em homenagem aos mortos durante o regime militar argentino, o ministro alemão jogou flores no Rio da Prata. Cerca de 30 mil pessoas foram assassinadas na Argentina entre 1976 e 1983.

Steinmeier se encontrou ainda com familiares das vítimas e disse que a "crueldade do passado" não pode ser esquecida. O ministro ressaltou que para isso é necessário o esclarecimento sobre o papel do Ministério do Exterior da Alemanha e da embaixada alemã durante a ditadura.

Ao menos 70 alemães e descendentes de alemães foram mortos durante o regime militar no país. A vítima mais conhecida é a estudante Elisabeth Käsemann que foi assassinada aos 30 anos em maio de 1977.

As famílias das vítimas acusam a embaixada alemã em Buenos Aires de não ter protegido devidamente os cidadãos alemães na época, por interesses políticos e econômicos.

No final de abril, o Ministério do Exterior alemão tornou público os arquivos secretos sobre Colonia Dignidad. A colônia alemã no Chile foi palco de crimes que vão desde abusos sexuais de menores a tortura de opositores da ditadura de Augusto Pinochet.

Viagem pela América Latina

Na Argentina, o ministro alemão se reuniu ainda com o presidente Mauricio Macri, em Buenos Aires, na quinta-feira. O objetivo do encontro foi organizar detalhes da viagem de Macri à Alemanha, programada para o início de julho.

Depois de dois dias na Argentina, Steinmeier segue para o México, onde abrirá o "Ano da Alemanha" no país.

CN/dpa/efe