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Alemanha recebe 280 mil requerentes de refúgio em 2016

11 de janeiro de 2017

Número representa menos de um terço do registrado no ano anterior. Acordo UE-Turquia e fechamento da rota dos Bálcãs contribuem para a redução. Deportações e retornos voluntários aumentam.

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Abrigo de refugiados na Alemanha
Sírios foram os que mais buscaram refúgio na Alemanha em 2016Foto: picture-alliance/dpa/F. Rumpenhorst

O Ministério do Interior da Alemanha divulgou nesta quarta-feira (11/01) que em 2016 o país acolheu 280 mil requerentes de refúgio, menos de um terço dos 890 mil registrados no ano anterior.

"Isso demonstra a eficácia das ações tomadas pelo governo federal e pela União Europeia", ressaltou o ministro alemão do Interior, Thomas de Maizière. "Conseguiu-se controlar e ordenar o processo migratório", exaltou.

O acordo entre a União Europeia (UE) e a Turquia para controlar o fluxo migratório para a Europa e o fechamento da chamada rota dos Bálcãs – utilizada por milhares de migrantes para chegar à Europa Central –, ambos ocorridos nos primeiros meses de 2016, contribuíram para a diminuição do número de refugiados.

Por outro lado, o número de pedidos de refúgio aumentou. Em 2016, o governo registrou 745.545 pedidos, ou seja, 268.869 a mais do que em 2015. Grande parte dos que requereram formalmente o acolhimento na Alemanha havia entrado no país no ano anterior. Do total registrado em 2016, 268.866, dos pedidos foram feitos por sírios, 172.892 por afegãos e 97.162 por iraquianos. 

A sobrecarga do Departamento de Migração e Refugiados da Alemanha (Bamf), que enfrentou sérias dificuldades para lidar com o grande fluxo de migrantes, fez com que muitos adiassem a formalização de seus requerimentos de refúgio.

O Bamf processou mais de 695 mil pedidos em 2016, mais do que o dobro registrado em 2015. Quase 60% dos requerentes receberam refúgio integral ou parcial. "A montanha de pedidos não processados será reduzida", assegurou De Maizière.

Analisando o total dos que chegaram à Alemanha em busca de refúgio em 2016, os sírios também foram maioria. Outros países de origem de migrantes em grande número foram Afeganistão, Iraque, Albânia e Eritreia.

Aumento das deportações

Enquanto diminui o total de chegadas ao país, aumentam os retornos. De Maizière informou que em torno de 80 mil pessoas deixaram o país voluntariamente ou foram repatriadas em 2016, número considerado longe do ideal pelas autoridades.

Segundo o ministro, 55 mil migrantes deixaram a Alemanha por vontade própria enquanto 25 mil foram deportados. O governo federal negocia com as autoridades estaduais – responsáveis pelas deportações – o aceleramento dos processos de repatriação.

RC/dpa/ap