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Alemanha supera marca de 40 mil mortos por covid-19

10 de janeiro de 2021

Chanceler federal Angela Merkel alerta que as próximas semanas serão "a fase mais difícil da pandemia", com hospitais alemães atingindo seus limites.

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Enfermeiras tratam de paciente de covid-19 em UTI de hospital na Alemanha
Enfermeiras tratam de paciente de covid-19 em UTI de hospital na AlemanhaFoto: Ina Fassbender/AFP/Getty Images

A Alemanha registrou 16.946 novas infecções por covid-19 nas últimas 24 horas e 465 mortes, elevando o total de óbitos pela doença no país para 40.343, informou o Instituto Robert Koch (RKI) neste domingo (10/01).

No total, 1.908.527 pessoas foram infectadas com o Sars-Cov-2 na Alemanha desde o início da pandemia. O RKI estima que 1.525.300 indivíduos já se recuperaram da doença.

Os valores diários são claramente inferiores aos dos dias anteriores, como acontece frequentemente nos fins de semana, porque alguns centros sanitários regionais não funcionam e, por isso, nem todos os dados são transmitidos para a central.

Na sexta-feira, a Alemanha registrou um novo recorde de mortes diárias em decorrência da doença, com 1.188 mortes em 24 horas.

Alerta de Merkel 

Em uma mensagem de vídeo semanal, a chanceler federal alemã, Angela Merkel, alertou que o país ainda não sentiu todo o impacto das reuniões sociais durante as festividades de Natal e no Ano Novo e afirmou que as próximas semanas serão "a fase mais difícil da pandemia", com os hospitais atingindo seus limites.

A chefe de governo pediu à população que respeite as medidas restritivas vigentes na Alemanha. "É duro, mas tenho certeza de que é necessário", afirmou. "Quanto mais consequentes formos, menor será o tempo em que teremos que viver com estas restrições."

Na terça-feira, a Alemanha prorrogou até o fim de janeiro o lockdown em vigor desde 16 de dezembro. Inicialmente, o plano era que a medida chegasse ao fim em 10 de janeiro. O governo ainda anunciou um confinamento mais severo ao longo do mês, com a imposição de novas restrições para movimento interno no país e de reuniões, com o objetivo de conter o avanço da pandemia de covid-19.

Assim, continua em vigor até 31 de janeiro o fechamento de escolas e creches, cabeleireiros, academias e comércio não essencial. Supermercados e farmácias seguem abertos, enquanto restaurantes continuam só podendo oferecer comida e bebida para viagem. As empresas estão orientadas a dispensar ou dar férias aos funcionários e a dar prioridade ao trabalho remoto.

Índia anuncia vacinação

A Bélgica também ultrapassou uma marca histórica neste domingo, chegando a 20 mil mortes, mais da metade delas ocorreram em lares de idosos, disseram autoridades de saúde.

O papa Francisco pediu às pessoas que sejam vacinadas e disse que ele próprio será vacinado "na próxima semana", quando o Vaticano iniciar sua campanha. O pontífice denunciou negacionistas da vacina. "Há uma negação suicida que não posso explicar, mas hoje temos que ser vacinados", disse o papa em entrevista de TV transmitida neste domingo.

A Índia anunciou que vai lançar no próximo sábado uma das campanhas de vacinação gratuita contra o coronavírus mais ambiciosas do mundo, com o objetivo de atingir 300 milhões de pessoas até julho, segundo o primeiro-ministro Narendra Modi.

MD/epd/afp/dpa