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Alemanha tem nova queda em pedidos de refúgio

16 de janeiro de 2018

Número de solicitações em 2017 foi de 186 mil, com recuo de 33% em relação ao ano anterior. Ministro diz que cifra ainda é alta demais e que há muito a ser feito pela integração.

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Registro de refugiados em fronteira alemã com a Áustria, em 2015
Registro de refugiados em fronteira alemã com a Áustria, em 2015Foto: Getty Images/J. Koch

O número de novos pedidos de refúgio registrado na Alemanha diminuiu mais uma vez em 2017, tendo caído em 33%, para cerca de 186 mil, indicam dados divulgados nesta terça-feira (16/01) pelo governo do país.

Apesar da tendência de queda, o ministro do Interior da Alemanha, Thomas de Maizière, disse que o número registrado no ano passado ainda é alto demais, acrescentando que ainda há muito a ser feito na Alemanha pela integração de novos imigrantes à sociedade.

De Maizière informou que, em 2017, foram registados 186.644 requerimentos, enquanto em 2016 esse número tinha sido de 280 mil e no ano anterior, de 890 mil, durante o auge do afluxo de migrantes do Oriente Médio e da África para a Europa.

Os sírios constituem o maior grupo de novos migrantes, com 47.434, seguidos pelos iraquianos, que são 21.043, e pelos afegãos, que somam 12.346.

O grande afluxo de migrantes em 2015 provocou críticas à chanceler federal alemã, Angela Merkel, e fez subir o apoio ao partido populista Alternativa para a Alemanha (AfD), que no ano passado conseguiu pela primeira vez eleger uma bancada no Parlamento alemão.

Maizière informou que, no total, 222.683 pessoas apresentaram no ano passado pedidos formais de refúgio, embora o número inclua migrantes que chegaram antes, mas que tiveram que esperar para poderem dar entrada no pedido.

O número de processos de concessão de refúgio em aberto também caiu, de 433.700 no começo de 2017 para quase 68 mil no fim do ano.

De Maizière insistiu na necessidade de que o novo sistema de acolhida de refugiados da União Europeia (UE) garanta proteção a pessoas que realmente a necessitem e não às que cruzam o Mediterrâneo em busca de uma melhora econômica.

O ministro informou também que o número de extradições subiu ligeiramente em 2017, para cerca de 28 mil. Um ano antes, as autoridades migratórias repatriaram cerca de 26 mil requerentes de refúgio.

As repatriações para países dos Bálcãs Ocidentais foram realizadas com sucesso, segundo o ministro, enquanto as para outros países se mostraram mais difíceis. De acordo com de Maizière, em 2017, 60 requerentes de refúgio considerados criminosos foram expulsos do país, enquanto 30 mil pessoas aceitaram retornar a seus países voluntariamente, através dos programas de incentivo do governo.

MD/rtr/dpa/lusa

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