1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Alemanha vacinou mais de 1 milhão de pessoas contra covid-19

16 de janeiro de 2021

Em quase três semanas, 1,26% da população alemã recebeu primeira dose da vacina, a maioria profissionais de saúde e idosos. Pfizer e Biontech anunciam redução na entrega das doses à Europa durante uma semana.

https://p.dw.com/p/3o1eg
Centro de vacinação em Berlim
Foto: Kay Nietfeld/AFP/Getty Images

A Alemanha superou neste sábado (16/01) a marca de 1 milhão de pessoas vacinadas com pelo menos a primeira dose do imunizante contra a covid-19, enquanto as infecções por coronavírus e as mortes continuam altas no país europeu de 83 milhões de habitantes.

Dados divulgados pelo Instituto Robert Koch (RKI), agência governamental de prevenção e controle de doenças infecciosas, mostram que 1,05 milhão de vacinações foram registradas no país até este sábado – 79.759 a mais que o registrado até o dia anterior.

Quase três semanas depois do início da campanha de imunização, o total de pessoas que oficialmente já receberam a primeira dose da vacina corresponde a 1,26% da população alemã.

O RKI alertou, contudo, que o número de pessoas imunizadas no país deve ser ainda maior, pois as autoridades estaduais por vezes enviam os dados ao instituto com certo atraso.

De acordo com as informações da agência alemã, cerca de metade das vacinações até agora foi realizada por razões profissionais, ou seja, foram feitas em médicos e enfermeiros com alto risco de infecção pelo coronavírus ou funcionários de lares de idosos. A maior parte da outra metade são idosos com idade mais avançada ou moradores de asilos.

Para uma proteção completa contra o coronavírus, a segunda dose da vacina deve ser tomada cerca de três semanas após a primeira. Depois da segunda injeção, normalmente leva uma semana até que o vacinado esteja protegido contra a doença.

Até o momento, apenas algumas pessoas receberam a segunda dose do imunizante na Alemanha. Uma vez que a campanha de vacinação começou há quase três semanas, no fim de dezembro, o número de vacinações completas deve aumentar nos próximos dias.

Duas vacinas já foram aprovadas para uso na União Europeia (UE). A primeira foi a desenvolvida pela farmacêutica americana Pfizer em parceria com a empresa alemã Biontech, em dezembro, e a segunda foi a da também americana Moderna, no início de janeiro.

Atraso na entrega de vacinas

Na sexta-feira, causou preocupação um anúncio da Pfizer e da Biontech de que a entrega das doses à Europa seria reduzida significativamente nas próximas semanas, devido a obras em uma fábrica em Puurs, na Bélgica. Segundo as empresas, as reformas na instalação são necessárias para aumentar sua capacidade de produção a partir de meados de fevereiro.

Enquanto o continente é atingido por uma segunda onda do vírus, a notícia causou temores de um atraso ainda maior nas campanhas de vacinação, que já foram alvo de duras críticas por terem demorado para começar em comparação com outros países, como Estados Unidos e Reino Unido.

Seis ministros da Saúde da UE assinaram uma carta à Comissão Europeia na sexta-feira para expressar "grave preocupação" com o atraso na entrega das doses.

Pressionadas, a Pfizer e a Biontech anunciaram neste sábado que a redução no número de doses seria limitada a apenas uma semana. Mas garantiram que, com as obras na fábrica belga e o aumento da capacidade de produção de imunizantes na Europa, serão fornecidas "significativamente mais doses no segundo semestre".

As empresas prometeram que as entregas para a UE voltarão ao cronograma original a partir da semana de 25 de janeiro, com um aumento na entrega a partir da semana de 15 de fevereiro.

Covid-19 na Alemanha

Neste sábado, a Alemanha registrou oficialmente 18.678 novos casos confirmados de covid-19 e 980 mortes relacionadas à doença. O país registra atualmente uma taxa de 139 casos por grupo de 100 mil habitantes nos últimos sete dias – um número muito acima de um máximo de 50 que as autoridades alemãs desejam alcançar.

Existem ainda grandes diferenças na incidência dos estados. Os mais afetados são a Turíngia e a Saxônia, ambas no leste, com 268,3 e 255,8, respectivamente, enquanto em Bremen (norte) o nível é de 80 casos. Em Berlim, essa incidência é de 157,8 infecções.

O total de infecções desde o início da epidemia é de 2.019.636 casos – a marca de dois milhões foi ultrapassada na sexta-feira –, dos quais mais de 1,67 milhão se recuperaram. O número total de mortes por covid-19 é de 45.974.

A chanceler federal Angela Merkel deverá se reunir com os governadores dos 16 estados alemães na próxima terça-feira, uma semana antes do previsto, para discutir as atuais medidas restritivas, que oficialmente expiram em 31 de janeiro. Há expectativas de que elas sejam prolongadas ou até mesmo endurecidas.

EK/afp/ap/efe