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Ano Novo alemão teria tido mais de 1.200 abusos

11 de julho de 2016

Foram quase 900 ataques sexuais em todo país, diz relatório citado pela mídia. Mais de 2 mil podem ter participado das agressões. Só 120 suspeitos foram identificados. Polícia admite que maioria dos casos ficará impune.

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Noite de Ano Novo em Colônia: cidade teria registrado cerca de 650 vítimas de agressões sexuais
Noite de Ano Novo em Colônia: cidade teria registrado cerca de 650 vítimas de agressões sexuaisFoto: picture-alliance/dpa/M. Boehm

Mais de 1.200 mulheres foram atacadas sexualmente durante a noite de Ano Novo em toda a Alemanha, em quase 900 agressões, segundo levantamento da polícia divulgado na noite de domingo (11/07) pela mídia alemã. Entretanto, somente 120 suspeitos foram identificados, segundo reportagem das redes públicas NDR, WDR e do jornal Süddeutsche Zeitung. Autoridades admitem que maioria dos casos ficará impune.

Cerca de 650 mulheres foram vítimas de agressão sexual em Colônia, mais de 400 em Hamburgo e dezenas em Stuttgart, Dusseldorf e outras cidades. Possivelmente, mais de 2 mil homens teriam estado envolvidos nos ataques, que foram realizados em grupos, conforme avaliação da polícia. Até agora, só houve quatro condenações.

"Presumimos que muitos desses atos não vão poder mais ser solucionados", admite o presidente do Departamento Federal de Investigações da Alemanha (BKA), Holger Münch, citado pela imprensa. Ele atribui isso à dificuldade de se identificar os agressores e se comprovar os delitos. De acordo com o BKA, as agressões sexuais em grupo é um fenômeno criminal novo na Alemanha.

Segundo reportagem de NDR, WDR e Süddeutsche Zeitung, houve na noite de réveillon 642 crimes sexuais em que 47 suspeitos foram identificados. Outros 73 suspeitos foram identificados em 239 delitos combinando crimes sexuais e roubo. A maioria dos suspeitos veio do norte da África. Sírios praticamente não estiveram envolvidos.

De acordo com o levantamento do BKA, cerca de metade dos suspeitos se encontra há pouco tempo na Alemanha. "Então, existe uma relação entre a ocorrência do fenômeno e a forte imigração ocorrida em 2015", afirma Münch. Ele ressaltou não haver indícios de que os atos foram planejados com antecedência. Para evitar ocorrências similares no futuro, ele reivindica maior presença da polícia e vigilância de vídeo durante festividades de Ano Novo e outros eventos públicos.

MD/epd/kna