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Antiga região mineradora Erzgebirge é patrimônio da Unesco

Darko Janjevic | Richard Connor av
6 de julho de 2019

A partir da paisagem montanhosa no Leste alemão, o minério trouxe riqueza para o país e desenvolvimento tecnológico para toda a Europa. Reunido em Baku, órgão da ONU examina 36 indicações para Patrimônio da Humanidade.

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Bildergalerie: Unesco Welterbe Erzgebirge - Scheibenberg
Foto: picture-alliance/dpa/H. Schmidt

A região de Erzgebirge é uma "paisagem cultural montanhosa única" e centro de inovação mineira, declarou neste sábado (06/07) a Unesco, ao declarar a área partilhada pela Alemanha e a República Tcheca como Patrimônio Cultural da Humanidade. O pedido de inclusão na lista das Nações Unidas foi apresentada conjuntamente por Berlim e Praga.

Quebra-nozes até hoje tem aparência saxônica

Literalmente "Montes Metalíferos" em alemão, e conhecido como Krusnohori pelos tchecos, o território enriqueceu graças à exploração de minério. Desde o século 12 mineiros trabalhavam em suas minas de prata, e até o início dos anos 1990 lá se extraía urânio radioativo.

A cadeia montanhosa tornou-se também um centro de estudo da tecnologia de mineração: o célebre polímata alemão Alexander von Humboldt foi um dos alunos da Academia de Mineração Freiberg, fundada em 1765. Ao formar-se, ele apresentou seu estudo sobre a drenagem de túneis de mineração – um dos muitos trabalhos acadêmicos que ajudaram a modernizar o setor.

"O Erzgebirge saxônio-boêmio serviu como impulsionador do desenvolvimento econômico e social das regiões mineiras de todo o continente", comentou Maria Böhmer, chefe da comissão alemã da Unesco, após o anúncio da indicação.

"À medida que os mineiros treinados se mudaram para outros locais, seu know-how foi exportado. Estruturas administrativas e sistemas financeiros estabelecidos no Erzgebirge tiveram uma influência significativa nas operações de mineração em toda a Europa."

Vista de Augsburg, no estado alemão da Baviera
Sistema hidráulico de Augusburg é reconhecido como obra-prima de engenharia atravessando sete séculosFoto: picture-alliance/imagebroker/R. Kutter

Também neste sábado, os funcionários da ONU declararam Patrimônio Mundial o sistema medieval de gestão de águas de Augsburg. Ao longo dos séculos, da cidade da Baviera adicionou fontes, aquedutos, poços e torres d'água, formando um sistema de abastecimento hidráulico ímpar. Hoje, a rede de Augsburg consiste de 22 objetos distintos, constituindo uma obra-prima de engenharia que abarca 700 anos da história local.

A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) está reunida pela 43ª vez na capital do Azerbaijão, Baku, para examinar 36 indicações para Patrimônio da Humanidade. A sessão marcada está marcada para estender-se até 10 de julho.

Na sexta-feira, os especialistas incluíram em sua lista de patrimônios culturais e naturais da humanidade tanto a antiga cidade de Babilônia, quanto Paraty e Ilha Grande, no Rio de Janeiro e São Paulo. Outros sítios reconhecidos pela Unesco incluem Jaipur, na Índia, conhecida como "Cidade Rosada"; a paisagem natural de Bagan, em Myanmar; as ruínas de Liangzhu, na China; e o Planalto dos Jarros, no centro do Laos.

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