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ARMAS NUCLEARES DOS EUA NA EUROPA

28 de junho de 2008

Nossos usuários escreveram esta semana sobre armas nucleares, política nacional e internacional, Baselitz, Beethoven e Fatih Akin. Vale a pena ler!

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Foto: AP Graphics

A presença de armas nucleares norte-americanas na Europa é, atualmente, inconcebível e inaceitável. Sua presença serve apenas aos interesses belicistas dos Estados Unidos. A Europa tem capacidade suficiente – inclusive nuclear – para se defender de qualquer eventual agressão externa (menos dos próprios EUA, evidentemente, que, admito, podem a qualquer momento "atacar" o velho continente se este tentar sair da sua órbita). Pregar a dependência da Europa aos Estados Unidos, para se defender, é mentalidade de submissão, complexo de inferioridade e desejo de perpetuar um sistema de colonialismo, de guerra e de terror.

O mundo de hoje – e a Europa em especial – precisa de paz. E a paz não se constrói com balas, muito menos com armas nucleares. Os Europeus têm que dizer "basta" aos resquícios de uma situação – presença de armas nucleares dos EUA no seu continente – que lhes é prejudicial e que, de um momento para o outro, pode transformar-se numa tragédia.
Herculano Carreira (Portugal)

Que tipo de vida desejamos para nossos filhos? Esta pergunta deve nortear a decisão dos que têm que fazer as exigências para que estas armas nucleares sejam retiradas o mais breve possível da Europa. Em minha opinião, elas já nem deveriam existir, pois, se queremos viver em paz, a primeira coisa que deveríamos fazer seria a sua destruição. Elas sempre representarão um grande perigo em nossas vidas, se não hoje, amanhã serão nossos filhos e netos a viverem ainda sob a mira destas monstruosidades. Vamos aguardar que a decisão seja a da retirada deste arsenal do solo europeu, e assim podermos viver em um mundo melhor.
Maria Aparecida Neubaner Luiz

Acho que deve ser determinado aos EUA retirar suas armas nucleares da Europa. Primeiro porque esta última tem condições de, por si mesma, tratar de sua segurança. Segundo, porque traria mais independência a suas decisões e menos subserviência. Terceiro, propiciaria mais segurança e confiança nas relações exteriores.
Marcio Aulete de Ronai Pereira

EUA: COMANDO REGIONAL PARA A ÁFRICA EM STUTTGART

A África não é uma colônia. A meu ver esta é mais uma das estratégias do Estado norte-americano para poder estender o seu poderio armamentista e tentar hegemonizar a África. (...) Não se deve aproveitar situações de instabilidade política para justificar que doadores, ou melhor, aqueles que ajudam em espera de algo, venham com esse truque de que "é mais uma maneira de ajudar os africanos a se desenvolver". Desde há muito os povos africanos lutaram e conseguiram a sua independência do jugo colonialista. Agora, os Estados ex-colonizadores e as grandes potências econômicas deste mundo precisam refletir sobre os seus reais objetivos – que a meu ver são meramente econômicos – e sobre os deveres internacionais que, por tratados ou convenções, se comprometem a respeitar.

É lamentável quando os líderes africanos, ante esse tipo de "imiscuição" dos países que julgam ser os the best, não tomam nenhuma atitude ou, se o fazem, fazem-no atrás das portas de gabinetes, por medo de uma invasão como a do Iraque, por exemplo. Eu sou contra a instalação de militares americanos em determinados territórios, com o objetivo de controlar a África.

Belarmino Cardoso (Angola)

Sim, meus caros, a África não é o Iraque. Entretanto, considerando o potencial de transformação estadunidense, a África pode vir a tornar-se um Iraque.
Lyndon Cupperi Storch Jr.


DITADURA NO ZIMBÁBUE

Acredito que sanções bem direcionadas ao governo zimbabuano e o não-reconhecimento de legitimidade desta nova eleição do ditador em questão possam dar bons resultados. Depois é fazer investimentos que possibilitem a democracia de se instalar por lá, pois com a extrema miséria é difícil falar em liberdade e direitos humanos, que é o que caracteriza uma democracia verdadeira.
Maria Aparecida Neubaner Luiz


PRESIDENTE ALEMÃO DEFENDE POLÍTICA MIGRATÓRIA

O Sr. Horst Köhler foi muito feliz nas suas colocações sobre um despertar de uma nova era na Alemanha. Sua conduta como presidente do país vem trazer aos demais políticos uma luz. Já existem muitos imigrantes na Alemanha que necessitam de oportunidades de desenvolvimento. Quem chega à Alemanha para viver, quer se integrar e alcançar um lugar ao sol.

Os entraves estão nos burocráticos setores, que terminam marginalizando esses imigrantes e ofuscando os talentos que poderiam ser melhor aproveitados.

Quem não tem perseverança para lutar contra esses males termina realmente sem consciência, sem talento e sem esperanças. A participação de todos na busca de uma sociedade mais solidária se inicia com o respeito ao outro, independentemente de quem seja ou de onde venha.
Silvia Wiechers

GEORG BASELITZ COMPLETA 70 ANOS

Penso que é uma conseqüência natural um artista ambicionar o seu aperfeiçoamento, enquanto profissional, durante toda sua vida. Aceitar as coisas como elas chegam sugere, certamente, apatia, desmotivação, covardia. A partir disso, o sucesso acontecerá ou não dependendo de algumas variantes, como domínio dos materiais, bons trabalhos e oportunidade dentro do circuito artístico.

Não, não penso que o artista deva visar primeiramente o sucesso como única meta, mas ele pode aparecer ou nunca aparecer, o que não desmerece o trabalho ou proposta de um artista. Em minha opinião, trabalhar com tenacidade e dignidade, além de estar receptivo às coisas do espírito e livre das amarras sociais é o bastante.
Sérgio Schweitzer Cruz

BEETHOVEN, NONA SINFONIA
Sem comentários, eu sempre admirei Beethoven pela história dele, mas nunca imaginei que depois de estar surdo ele pudesse ter feito algo tão brilhante e genial. Ele é e sempre será o maior músico da nossa história e vocês estão de parabéns por tornar possível para pessoas como eu estar escutando essa linda e grandiosa obra-prima da música. A vocês da DW-WORLD, meus agradecimentos!
Edmilson de Mello Lim

FILMES DE FATIH AKIN

Havia visto Contra a parede no ano passado e gostei muito. Filme vigoroso, mas também poético. Por isso mesmo fiquei curioso em ver o novo filme deste diretor, e Do outro lado me pareceu ainda melhor. Roteiro bem estruturado. A divisão em atos.

No filme anterior, um conjunto musical marcava o prólogo e o desfecho. Os personagens de empatia direta com o público e a luta do povo turco se misturando com os problemas políticos no seu país e a situação de imigrante ou descendente num país estrangeiro. O filme, numa mistura de doce-amargo, traz uma mensagem de esperança velada no seu final. Viva o cinema da miscigenação!
Raimundo Chagas