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Coronavírus: as principais notícias sobre a pandemia (16/04)

17 de abril de 2020

Trump revela plano para reabertura dos EUA. Bolsonaro demite Mandetta. FMI prevê estagnação econômica na Ásia. Presidente da Nicarágua reaparece. Reino Unido prorroga quarentena por três semanas.

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Equipe de saúde em Nova York
Cidade de Nova York registrou quase um terço das mortes por covid-19 confirmadas nos EUAFoto: Reuters/U.S. Navy/S. Eshleman

Resumo desta quinta-feira (16/04):

  • Mundo tem 2,1 milhões de casos de covid-19, 144 mil mortes e 542 mil recuperados
  • Brasil tem 30.425 casos e 1.924 mortes, segundo Ministério da Saúde
  • Bolsonaro demite Mandetta e anuncia Nelson Teich como novo ministro da Saúde
  • UE pede "desculpas sinceras" à Itália pela demora em agir
  • Reino Unido prorroga quarentena por três semanas
  • Presidente da Nicarágua reaparece após 34 dias e defende não adoção de isolamento
  • Trump revela plano em três etapas para a reabertura dos EUA
  • FMI prevê estagnação econômica na Ásia

Transmissão encerrada. As atualizações estão no horário de Brasília:

21:00 – Bolsonaro acusa Maia de conspirar para derrubá-lo

O presidente Jair Bolsonaro lançou críticas nesta quinta-feira ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), acusando-o de fazer um "péssimo" trabalho à frente da Casa, de "conduzir o país para o caos" e de conspirar para removê-lo do cargo.

"Lamento muito a posição do Rodrigo Maia, que resolveu assumir o papel do Executivo. Ele tem que me respeitar como chefe do Executivo", afirmou Bolsonaro em entrevista à emissora CNN Brasil. "Parece que a intenção é me tirar do governo. Quero crer que esteja equivocado."

Ele comentava a aprovação na Câmara de uma proposta que prevê repasses de 80 bilhões de reais da União aos estados, como forma de compensar as perdas na arrecadação de impostos estaduais e municipais em meio à crise do coronavírus.

​"Isso não se faz com o Brasil. Eu lamento. Isso é falta de patriotismo, de coração verde e amarelo, de humanismo. Isso é quase que conspirar contra o governo federal. Eu lamento, mas esta não é a forma de se fazer política no Brasil", acrescentou o presidente.

Bolsonaro afirmou que falta diálogo por parte de Maia. "Ele sabe que está errada a posição dele", declarou. "Péssima a sua atuação."

"Qual o objetivo do senhor Rodrigo Maia? Resolver o problema ou atacar o presidente da República? O sentimento que eu tenho é que ele não quer amenizar os problemas. Ele quer atacar o governo federal, enfiar a faca", completa o presidente.

20:40 – Portugal estende estado de emergência até 2 de maio

O governo português renovou o estado de emergência no país pela terceira vez. Essa nova fase ficará em vigor até 2 de maio e prevê um relaxamento progressivo das medidas restritivas impostas para conter o avanço da pandemia de coronavírus.

O novo decreto, emitido pelo presidente Marcelo Rebelo de Sousa e aprovado pelo Parlamento, prepara os portugueses para retomarem suas atividades gradualmente, sem descuidar "dos limites da saúde pública".

A medida prevê que seja mantido o esquema de home office, mas também o retorno progressivo dos trabalhadores a seus postos de trabalho com horários alternados, distâncias de segurança e equipamentos de proteção, dependendo do tamanho e do ramo das empresas.

20:20 – Trump revela plano em três etapas para a reabertura dos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, divulgou nesta quinta-feira uma série de diretrizes para orientar os estados americanos no alívio às medidas de distanciamento social, em áreas que estiverem menos afetadas pela pandemia de coronavírus.

Segundo as orientações, os estados e regiões devem verificar alguns critérios antes de evoluírem para uma abertura programada. Por exemplo, deve haver uma trajetória descendente de casos confirmados de covid-19 dentro de um período de 14 dias e a existência de um programa robusto de testes para os trabalhadores do setor da saúde.

Para os estados e regiões que satisfaçam o critério dessa "fase um" de reabertura, as orientações recomendam que os indivíduos vulneráveis continuem a se proteger em casa. Os que puderem sair devem evitar socializar em grupos com mais de dez pessoas em locais que não permitam o apropriado distanciamento físico.

Recomenda-se também que os bares continuem fechados na fase um. Contudo, estabelecimentos maiores, como restaurantes, teatros, centros de esporte e igrejas, podem reabrir, "sob estritos protocolos de distanciamento físico".

Na "fase dois", recomenda-se que as pessoas sigam o distanciamento social onde for possível e evitem participar de reuniões com mais de 50 pessoas, a não ser que se tomem medidas de precaução. Nessa fase, as viagens não essenciais podem ser retomadas, e as escolas, reabertas.

Por fim, na "fase três", o objetivo é o regresso à normalidade para a maioria dos americanos, incluindo os mais vulneráveis.

Contudo, vários governadores, tanto do Partido Democrata como do Republicano, já deixaram claro que vão seguir seu próprio ritmo.

19:45 – Chefe da OMS elogia Merkel por "forte liderança" no combate à pandemia

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesushas, elogiou nesta quinta-feira a chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, por sua "forte liderança e dedicação" à frente do combate à pandemia de coronavírus.

No Twitter, Tedros comentava um vídeo em que a líder alemã aparece explicando como um aumento na taxa média de infecções por covid-19 no país – mesmo que muito pequeno – poderia afetar o sistema de saúde da Alemanha nos próximos meses.

Merkel fez questão de enfatizar a vulnerabilidade do sistema de saúde em meio à pandemia, apesar de a Alemanha ter recebido elogios generalizados por seu tratamento da crise até agora. "É como um gelo fino, uma situação frágil. É realmente uma situação em que a cautela é a ordem do dia, e não o excesso de confiança", dissera a líder alemã em pronunciamento na quarta-feira.

Nesta quinta, Tedros compartilhou um tuíte do jornalista da DW Benjamin Alvarez com um trecho do pronunciamento. Na mensagem, o chefe da OMS escreveu: "Grande explicação da chanceler Merkel sobre como um aumento relativamente pequeno das infecções por covid-19 pode sobrecarregar até um sistema de saúde forte. Eu a parabenizo pela forte liderança e dedicação em manter sua nação e o mundo a salvo da covid-19."

19:00 – Putin adia desfile em comemoração aos 75 anos da vitória contra os nazistas

Devido à pandemia de coronavírus, o presidente russo, Vladimir Putin, decidiu adiar o tradicional desfile militar de 9 de maio em comemoração ao fim da Segunda Guerra Mundial. No chamado Dia da Vitória, os russos lembram a derrota da Alemanha nazista para as forças soviéticas.

Havia grandes planos para o evento deste ano, quando se celebra o 75º aniversário do acontecimento. O desfile contaria, por exemplo, com 15 mil soldados marchando na Praça Vermelha de Moscou, na presença de vários líderes mundiais.

Em pronunciamento na televisão, Putin justificou o adiamento afirmando que "os riscos associados à epidemia, cujo pico ainda não passou, ainda são extremamente altos".

Uma nova data para a cerimônia não foi decidida, mas Putin adiantou que o governo planeja realizá-la ainda neste ano, possivelmente em junho, setembro ou novembro. Mais cedo nesta semana, veteranos de guerra russos haviam escrito ao presidente pedindo para que o evento fosse adiado. 

18:00 – Novo ministro da Saúde, Nelson Teich diz ter "alinhamento completo" com Bolsonaro

Após demitir o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, o presidente Jair Bolsonaro anunciou o médico oncologista Nelson Teich como novo chefe da pasta. Em pronunciamento, o chefe de Estado disse que a transição será "a mais tranquila possível, com a maior riqueza de detalhes".

Ao lado de Bolsonaro, Teich afirmou que existe um "alinhamento completo" entre ele, o presidente e toda a equipe do ministério. "Realmente o que a gente está fazendo aqui hoje é trabalhar para que a sociedade retome de forma cada vez mais rápida uma vida normal, e a gente trabalha pelo país e pela sociedade", disse.

Segundo a imprensa brasileira, Teich é um antigo aliado do bolsonarismo, mas, ao contrário do presidente, vem defendendo o isolamento social como medida para conter o avanço dos contágios.

No pronunciamento, o médico afirmou que não haverá definição brusca sobre distanciamento. "Não vai haver qualquer definição brusca ou radical do que vai acontecer​. O que é fundamental hoje? Que a gente tenha informação cada vez maior sobre o que acontece com as pessoas, com cada ação que é tomada", disse Teich. "Tudo aqui vai ser tratado de uma forma técnica e científica."

17:00 – Casos confirmados passam de 30 mil no Brasil

O balanço do Ministério da Saúde desta quinta-feira eleva o total de mortos por coronavírus no Brasil para 1.924, após o registro de 188 óbitos em 24 horas – na terça e na quarta-feira, a doença havia deixado 204 vítimas em cada um dos dias, o número mais alto desde o início da pandemia.

O total de casos confirmados chegou a 30.425, um aumento de 7,4% em relação ao dia anterior, quando se somavam 28.320 infecções. Na quarta-feira, o aumento tinha sido de 12%.

O estado mais atingido é São Paulo, com 11.568 casos confirmados e 853 mortes. Em seguida vêm Rio de Janeiro (3.944 casos e 300 mortes), Ceará (2.386 casos e 124 mortes), Amazonas (1.719 casos e 124 mortes) e Pernambuco (1.683 casos e 160 mortes).

16:30 – Bolsonaro demite Mandetta

Em meio à pandemia de coronavírus, Jair Bolsonaro demitiu o seu ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. A decisão ocorre dias depois de o titular da pasta ter dado uma entrevista contrariando a posição do presidente em relação à resposta para o combate da covid-19.

Segundo a imprensa brasileira, Bolsonaro convidou o oncologista Nelson Teich para assumir o Ministério da Saúde.

Após dias de especulações, o anúncio da demissão foi feito nesta quinta-feira pelo próprio ministro em seu Twitter. "Acabo de ouvir do presidente Jair Bolsonaro o aviso da minha demissão do Ministério da Saúde", escreveu Mandetta.

"Quero agradecer a oportunidade que me foi dada, de ser gerente do nosso SUS, de pôr de pé o projeto de melhoria da saúde dos brasileiros e de planejar o enfrentamento da pandemia do coronavírus, o grande desafio que o nosso sistema de saúde está por enfrentar", acrescentou.

A demissão já era esperada desde a semana passada. O ministro e o presidente vinham protagonizando um embate público há mais de um mês, quando o Brasil entrou no compasso do coronavírus. Ao contrário de Bolsonaro, Mandetta vinha defendendo que as pessoas fiquem em casa para tentar conter o avanço da pandemia.

Leia a notícia completa

15:30 – Escritor chileno Luis Sepúlveda morre em decorrência da covid-19

O escritor, roteirista e diretor de cinema chileno Luis Sepúlveda morreu nesta quinta-feira, aos 70 anos, em um hospital na cidade de Oviedo, no norte da Espanha, onde estava internado em estado grave desde 29 de fevereiro, por causa de uma pneumonia associada ao novo coronavírus.

O romancista passou a maior parte dos 48 dias em que esteve hospitalizado ligado a um aparelho de respiração artificial, na unidade de terapia intensiva do Hospital Universitário Central das Astúrias. Nesta região espanhola, ele foi o primeiro diagnosticado com covid-19.

O estado de saúde do autor apresentou piora nas últimas semanas, e Sepúlveda já não respondia mais aos tratamentos da equipe médica.

A família do chileno divulgou um comunicado, assinado pela mulher dele, Carmen Yáñez, e pelo filho mais velho do casal, Carlos, agradecendo à equipe médica do hospital pelo "profissionalismo e entrega", bem como a todos que fizeram demonstrações de carinho nos últimos dias.

O chileno ficou conhecido internacionalmente em 1988, com a publicação de O velho que lia romances de amor, com o qual recebeu diversos prêmios internacionais e tornou-se autor de referência em universidades de língua espanhola. A obra foi traduzida para 20 idiomas.

Militante comunista, o escritor precisou deixar o Chile em 1977, durante a ditadura militar comandada por Augusto Pinochet, em que foi condenado a 28 anos de prisão, em pena trocada por oito anos de exílio. Ele passou por vários países, e desde 1997 vivia na cidade espanhola de Gijón, onde foi o idealizador e diretor do Salão do Livro Iberoamericano.

O escritor, roteirista e diretor de cinema chileno Luis Sepúlveda
Militante comunista, Luis Sepúlveda precisou deixar o Chile em 1977, durante a ditadura militar de Augusto PinochetFoto: picture-alliance/Pacific Press/A. Polia

15:00 – Nova York e outros estados estendem quarentena até 15 de maio

Vários estados dos Estados Unidos decidiram nesta quinta-feira prolongar suas medidas de isolamento social até 15 de maio. O governador de Nova York, Andrew Cuomo, anunciou que estava estendendo as restrições à vida social e aos negócios em coordenação com outros seis estados vizinhos que concordaram em adotar uma estratégia regional de retomada das atividades.

Cuomo apontou uma queda nas taxas de hospitalização e de pacientes internados em unidades de terapia intensiva (UTI) no estado, mas destacou que as taxas de infecção teriam que diminuir significativamente antes que a economia pudesse começar a reabrir.

"Gostaria que a taxa de infecção diminuísse ainda mais", disse o governador, informando que 606 pessoas morreram em 24 horas no epicentro da covid-19 nos EUA, o menor número diário em dez dias. Ao todo, a doença já infectou mais de 200 mil pessoas e matou 14 mil somente no estado de Nova York.

14:25 – Em quarentena, Banksy faz arte no banheiro de casa

Impedido de sair de casa devido à quarentena imposta no Reino Unido em meio à pandemia, o artista britânico Banksy criou obras de arte em seu próprio banheiro. As ilustrações em estêncil na parede trazem os conhecidos ratos de trabalhos anteriores, que desta vez apertam tubos de pasta de dente, rolam em rolos de papel higiênico e urinam no vaso sanitário.

O artista, cuja identidade permanece em segredo, publicou fotos da criação em seu perfil no Instagram. "Minha mulher odeia quando eu trabalho de casa", brincou na legenda.

Obra de Banksy em banheiro
Foto: Reuters/Instagram/Banksy

14:00 – Reino Unido prorroga quarentena por mais três semanas

O governo do Reino Unido decidiu prorrogar por mais três semanas as medidas de isolamento social impostas em todo seu território para conter a pandemia de coronavírus.

"Já chegamos tão longe, perdemos muitos entes queridos, já sacrificamos demais para aliviar [as medidas] agora, especialmente quando estamos começando a ver a evidência de que nossos esforços estão começando a valer a pena", disse  o ministro do Exterior britânico, Dominic Raab, que substitui o primeiro-ministro Boris Johnson, enquanto este se recupera da covid-19.

"Qualquer mudança em nossas medidas de distanciamento social agora traria o risco de um aumento significativo na propagação do vírus", justificou o ministro.

As medidas de isolamento social estão em vigor desde 23 de março e incluem o fechamento de escolas, bares, restaurantes e a maioria das lojas. Cidadãos devem permanecer em suas casas, a não ser para fazer compras essenciais e buscar tratamento médico. É permitido exercitar-se ao ar livre uma vez por dia, bem como se deslocar ao trabalho se não for possível trabalhar de casa.

O Reino Unido já soma mais de 104 mil casos confirmados de coronavírus, e é o quinto país do mundo com mais mortes, que totalizam 13.729 até esta quinta-feira.

12:15 – Maior festival de heavy metal do mundo é cancelado na Alemanha

Com a proibição de grandes eventos públicos na Alemanha até 31 de agosto devido ao surto de coronavírus, os organizadores do Wacken Open Air anunciaram o cancelamento da edição deste ano do festival de heavy metal.

O festival deveria ocorrer entre 30 de julho e 1º de agosto. Os organizadores disseram estar "profundamente decepcionados" com o fato de o Wacken Open Air não poder acontecer como o planejado e disseram que precisaram de tempo para "processar as más notícias".

Eles ressaltaram, no entanto, que apoiam a decisão do governo alemão de proibir grandes eventos para conter a pandemia de coronavírus.

O Wacken Open Air é o maior festival de heavy metal do mundo e no ano passado reuniu 75 mil pessoas. 

11:55 – Reino Unido tem mais de 13 mil mortos apenas nos hospitais

No Reino Unido, o número de pessoas que morreram de covid-19 nos hospitais aumentou para 13.729, segundo a contagem diária divulgada pelo Ministério da Saúde britânico. Nas últimas 24 horas, o país registrou 816 óbitos.

Após vários dias em queda, o total divulgado nesta quinta-feira representa um aumento de 100 óbitos em relação ao dia anterior. Os dados revelam ainda que o número de pessoas infectadas no país ultrapassou a marca de 100 mil. 

Entretanto, esses números podem omitir a realidade da pandemia em solo britânico, uma vez que não incluem centenas, talvez milhares de mortes associadas ao coronavírus em casas de repouso e outras instituições. A epidemia no Reino Unido é uma das mais graves em toda a Europa.

O governo britânico avalia a ampliação das medidas de isolamento, que entraram em vigor no dia 23 de março, por várias semanas. As autoridades de saúde estimam que o país se aproxima do pico mais alto das infecções, mas dizem a situação não permite afirmar com confiança que o pior já teria passado.

A suspensão dos negócios e o fechamento do comércio deixaram centenas de milhares de desempregados e derrubaram os indicadores econômicos no país. O Departamento Nacional de Estatísticas afirmou que um quarto dos negócios estão temporariamente fechados desde o início do confinamento da população.

11:50 – Cerca de 22 milhões de americanos pediram seguro-desemprego

O número de trabalhadores que deram entrada no seguro-desemprego nos Estados Unidos chegou a 22 milhões nas quatro últimas semanas, com as 5,2 milhões de solicitações feitas entre 6 e 10 de abril, segundo informou o Departamento de Trabalho do país.

Os dados indicam que o índice de desemprego nos EUA está perto de 17%, muito acima do pico de 10% registrado em outubro de 2009, três meses após o fim da Grande Recessão.

De acordo com os dados do Departamento de Trabalho, os 5,2 milhões de pedidos são inferiores aos 6,6 milhões registrados na semana anterior, já sob o impacto da paralisação da economia provocada pela covid-19.

Em quatro semanas, a média de solicitações chegou a marca inédita na história de 5,5 milhões.

10:25 – PSG ajuda a fornecer refeições a hospitais em Paris 

O clube parisiense de futebol Paris Saint-Germain vem ajudando a fornecer refeições para as equipes que trabalham em hospitais na capital da França.

Em colaboração com a associação Street Food en Mouvement ("Street Food em Movimento"), mais de 5 mil refeições já foram preparadas na cozinha do estádio Parque dos Príncipes e levadas diariamente a sete hospitais universitários na região de Paris, desde o dia 9 de abril. 

A iniciativa é financiada com a venda de 1,5 mil camisetas especiais do clube com os dizeres "PSG tous unis" ("PSG Todos juntos). O presidente do PSG, Nasser Al-Khelaifi, disse que os funcionários dos hospitais são "verdadeiros heróis" e que devem continuar sendo aplaudidos pela população. 

Em seu portal de internet, o PSG afirma que 25 mil refeições serão entregues aos hospitais, financiadas pelas vendas das camisetas.

10:10 – Japão amplia estado de emergência para todo o país

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, anunciou a extensão do estado de emergência a todo o país. Na semana passada, apenas sete regiões foram incluídas na declaração de estado de emergência, que atingia inicialmente apenas grandes cidades.

Segundo Abe, a medida visa reduzir a movimentação de pessoas para alcançar 80% de distanciamento social. O estado de emergência ficará em vigor durante um mês e permite que autoridades regionais recomendem medidas de isolamento e o fechamento temporário de empresas.

Abe anunciou ainda que o governo repassará 100 mil ienes (cerca de 4,8 mil reais) para cada um dos cerca de 120 milhões cidadãos japoneses como um suporte para os impactos econômicos da pandemia. O Japão tem mais de 9 mil casos de coronavírus confirmados e cerca de 150 mortes.

09:55 – Von der Leyen pede "desculpas sinceras" à Itália pela demora da UE em agir

A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, pediu desculpas à Itália pelo fracasso em fornecer ajuda ao país na fase inicial da pandemia. "É verdade que ninguém estava preparado para isso. Também é verdade que muitos não agiram a tempo quando a Itália precisava de ajuda logo no início", afirmou ao Parlamento Europeu.

"É correto que a Europa ofereça um pedido sincero de desculpas", disse Von der Leyen. acrescentando que isso apenas poderá ter significado se vier acompanhado de uma mudança de postura. "A Europa fez mais nas últimas quatro semanas do que havia feito nos quatro primeiros anos da última crise", afirmou, em referência à crise da dívida italiana, iniciada em 2009.

Ursula von der Leyen
Von der Leyen afirmou que, apesar de início ruim, Europa está agora demonstrando solidariedadeFoto: Reuters/F. Lenoir

Ela disse que as medidas adotadas pela União Europeia (UE) e seus Estados-membros somam mais de 3 trilhões de euros até o momento. O pacote de ajuda acordado pelos ministros da Economia e das Finanças da UE na semana passada, no valor de 500 bilhões de euros, é "um grande passo na direção certa", avaliou.

Von der Leyen, porém, destacou que é necessário fazer mais. A Comissão vem propondo a reavaliação do próximo orçamento de longo prazo da UE, que, segundo a chefe do Executivo do bloco, "deverá ser a nave mãe da recuperação" do continente.

Ela ressaltou que, após um início ruim, a Europa demonstrou sua solidariedade. "A verdadeira Europa está se erguendo, aquela que preza pelos seus quando mais se precisa dela", observou. 

08:40 – OMS: Europa ainda está "no olho da tempestade"

A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou que a Europa ainda permanece "no olho da tempestade" da pandemia de covid-19 e pediu a manutenção das medidas de precaução.

O Escritório da OMS para a Europa avalia que apesar de "sinais otimistas" em alguns dos países mais atingidos pelo novo coronavírus, o número de pessoas infectadas continua aumentando e já se aproxima da marca de um milhão, apenas no continente.

"Continuamos no olho da tempestade", afirmou o diretor regional da OMS, Hans Kluge, ressaltando que cerca da metade dos casos confirmados em todo o mundo estão na Europa. "Os números de casos continuam a subir. Nos últimos dez dias, o total de casos registrados na Europa quase dobrou, se aproximando de um milhão", observou.

Kluge destacou a redução dos números na Espanha, Itália, Alemanha, França e Suíça, mas disse que os sinais positivos em alguns países são ofuscados pelos aumentos sustentáveis de casos em outras nações, como a Rússia, Turquia, Belarus e Ucrânia.

A Dinamarca se tornou o primeiro país europeu a permitir a reabertura das escolas, enquanto a Finlândia encerou uma proibição de viagens na região de Helsinki. Áustria, Itália, Espanha e Alemanha já permitem a reabertura de alguns negócios e comércios.

Mas, mesmo que alguns países do continente tenham iniciado o relaxamento das medidas de precação, o diretor da OMS para a Europa pediu a manutenção dos mecanismos de controle. "É essencial não baixarmos a guarda", destacou.

Ele afirmou que, antes do relaxamento das medidas, os países devem se assegurar de que as transmissões estejam sob controle. Ele acrescentou que os governos também precisam garantir que os cuidados de saúde tenham a capacidade de "identificar, isolar, testar, rastrear contatos e impor quarentena".

Kluge pediu ainda maior vigilância em locais vulneráveis, como casas de repouso ou áreas onde pessoas morem em habitações com lotação excessiva. Além disso, os locais de trabalho também devem manter as medidas de precaução, ao mesmo tempo em que os países devem agir para evitar a importação de novas infecções. 

06:30 – Espanha tem 551 mortes nas últimas 24 horas

O número de mortes na Espanha aumentou para 19.130 até esta quinta-feira. Segundo o Ministério espanhol da Saúde, foram registradas 551 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, mais que as 523 do dia anterior. 

O número de casos no país aumentou de 177.633 para 182.816. A Espanha é o segundo país com mais casos e mortes de covid-19, atrás dos EUA. 

06:45 – Oktoberfest pode ser cancelada devido à pandemia

As mais recentes medidas anunciadas pela Alemanha para conter a pandemia de coronavírus incluem a proibição de grandes eventos públicos até o fim de agosto. Apesar de a Oktoberfest de Munique, na Baviera, estar planejada para ser de 19 de setembro até 4 de outubro, o governador do estado, Markus Söder, afirmou que a festa provavelmente será cancelada.

"Estou muito cético. Com base na situação atual, é difícil imaginar que um evento grande como este será possível até então", disse Söder à emissora local Bayerische Rundfunk na noite desta quarta.

O governador afirmou que ele e o prefeito de Munique tomarão uma decisão final sobre a Oktoberfest nas próximas duas semanas.

Oktoberfest de Munique
Oktoberfest de Munique está planejada para começar em meados de setembroFoto: DW/V. Dirmaier

06:30 – FMI prevê estagnação econômica na Ásia pela primeira vez desde anos 1960

O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que as economias da Ásia irão "estagnar" devido à pandemia de coronavírus, enfrentando mais dificuldades do que durante a crise financeira de 2008/9 ou o crash asiático de 1997/98.

A região registrará um crescimento nulo pela primeira vez desde os anos 1960, disse Chang Yong Rhee, diretor do FMI para a Ásia e o Pacífico. Ele prevê que o impacto econômico da pandemia será "grave, generalizado e sem precedentes".

Rhee disse que a Ásia enfrenta "uma crise como nenhuma outra" devido à pandemia, que já matou mais de 137 mil pessoas em todo o mundo e levou governos a impor bloqueios que têm dificultado o comércio.

"As medidas de contenção afetam gravemente as economias", afirmou Rhee. Apesar de a Ásia "se sair melhor do que outras regiões", será duramente atingida, em parte devido a uma "deterioração da demanda externa" na Europa e na América do Norte, onde graves recessões são esperadas.

Na terça-feira, o FMI previu que medidas de isolamento social impostas para conter a pandemia resultarão na pior recessão mundial desde a Grande Depressão da década de 1930. Ao contrário do que aconteceu durante a crise de 2008/9, o crescimento econômico na China, a maior economia da Ásia e onde a pandemia teve a sua origem, no final de 2019, irá cair de 6,1% em 2019 para 1,2% este ano, prevê o fundo.

05:30 – Trump afirma que pico da covid-19 já foi atingido nos EUA e planeja reabrir economia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu apresentar nesta quinta-feira planos para reabrir a maior economia do mundo, afirmando que os EUA já passaram pelo pico da crise de coronavírus apesar de um recorde diário de mortes. Quase 2.600 pessoas morreram no país em decorrência da covid-19, a doença respiratória provocada pelo patógeno, em 24 horas, segundo contagem da agência de notícias AFP..

No entanto, Trump afirmou a repórteres que sua "estratégia agressiva" contra o vírus está funcionando e que "dados sugerem que passamos do pico de novos casos em nível nacional". Ele classificou os números recentes sobre o coronavírus de "encorajadores".

Ele prometeu apresentar diretrizes para reabrir partes do país, sugerindo que estados menos afetados poderiam afrouxar restrições antes do início de maio. As decisões finais sobre as medidas caberão, porém, aos governadores.

Os EUA são o país mais atingido pela pandemia. Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, mais de 639 mil pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus e mais de 30 mil morreram em decorrência do patógeno no país. Mais de 10 mil óbitos foram registrados apenas na cidade de Nova York.

05:05 – Presidente da Nicarágua reaparece após 34 dias

Daniel Ortega, presidente da Nicarágua, reapareceu após um sumiço de 34 dias em plena pandemia de covid-19, o que gerou uma série de boatos e especulações sobre seu estado de saúde.

Em pronunciamento na televisão, ele defendeu a estratégia de seu governo no combate à doença, que, segundo afirma, permitiu conter a disseminação do novo coronavírus. Ortega afirmou que há apenas nove casos em todo o país e que somente uma pessoa morreu.

O mandatário de 74 anos defendeu a decisão de seu governo de não decretar emergência, não suspender as aulas nem restringir a movimentação de pessoas ou a entrada no país. "Se o país deixa de trabalhar, o país morre, o povo morre, se extingue", declarou.

Ele reconheceu que a economia sentirá os efeitos da pandemia e que o desemprego deve aumentar, "mas o importante aqui é que continuamos trabalhando e observando as normas de maneira muito consciente e muito disciplinada", acrescentou.

Ortega afirmou que a estratégia de enviar pequenas brigadas sanitárias de casa em casa para levar informações sobre cuidados com a saúde em meio à pandemia explica por que a pandemia "avançou lentamente" no país.

Daniel Ortega
"Se o país deixa de trabalhar, o país morre, o povo morre, se extingue", disse OrtegaFoto: Getty Images/AFP/I. Ocon

Resumo dos principais acontecimentos de quarta-feira (15/04):

  • Casos de covid-19 passam de 2 milhões no mundo
  • Mandetta não aceita demissão de secretário, que permanecerá no cargo
  • STF permite que estados e municípios decidam sobre isolamento
  • Aos 99 anos, veterano brasileiro da Segunda Guerra se cura
  • G20 suspende pagamentos das dívidas dos países mais pobres
  • UE, China e Rússia criticam decisão de Trump sobre OMS; Alemanha reforça comprometimento
  • Com mais de 3 mil mortos, Alemanha prolonga distanciamento e prevê reabertura gradual
  • Premiê da Nova Zelândia reduz próprio salário

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